Escolher novos rumos é tarefa complexa

Escolher os rumos da vida profissional é um processo complexo que, muitas vezes, é feito ainda na juventude. Por isso, muitas pessoas costumam descobrir, à medida que o tempo passa, que seguiram um caminho que não se encaixa tanto com seus interesses, competências e projetos para o próprio futuro. A primeira reação de quem percebe que fez escolhas “erradas” é entrar em pânico, afinal, a mudança de carreira pode ser um momento bastante assustador, mas definitivamente não é impossível. É essencial que a pessoa se prepare e planeje os passos que dará para realizar essa transição da maneira menos estressante possível.

Mariana de Paula, da Uma floricultura, é arquiteta de formação e estava há alguns anos no mercado já em uma posição bastante confortável, porém sentia que algo não estava bem do jeito que ela queria, ela explica “Eu tinha uma carreira na arquitetura bem-sucedida para a minha idade, trabalhava no escritório que escolhi, fazia projetos legais, tinha meu próprio escritório no qual eu trabalhava em paralelo, mas ao mesmo tempo eu sentia que ainda não era isso”.

O mais importante nesse processo de mudança de carreira é entender quais outros rumos são uma possibilidade, fazendo um mapa de interesses e habilidades para pensar nos movimentos mais inteligentes a serem realizados. Mariana de Paula já tinha uma ideia clara do que gostaria de fazer: “Eu tinha muita vontade de trabalhar com alguma coisa que eu fizesse com as mãos. Eu sempre gostei de flores e já vinha pensando nisso. A vontade de empreender também já existia – meu ensino médio foi técnico em administração.”

A insegurança de deixar algo estável e mergulhar nas incertezas de um novo ofício com certeza são muitas, mas algumas medidas podem ser tomadas para o processo ser menos turbulento. É muito importante ter uma reserva financeira que possa durar tempo suficiente até tudo estar bem encaminhado na nova profissão ou negócio. Outro ponto essencial é buscar cursos relacionados à área na qual você gostaria de ingressar. Mariana de Paula afirma: “Eu já estava me preparando para fazer essa transição, mas quando bati o martelo, fiquei 6 meses fazendo vários cursos de florista.” Apesar do receio, passar a fazer algo que traz mais felicidade e sentido para a vida com certeza é um sentimento que compensa o esforço, ela adiciona “a realização pessoal é muito grande, eu prefiro o que faço hoje e não abriria mão disso por nada”. (Da Redação)