Pelo menos 11 pessoas morrem durante protestos no Chile

Os protestos que começaram na última quinta-feira (17) após um aumento no preço da passagem do metrô no Chile foi o estopim para a crise no País. A prefeita da região metropolitana de Santiago do Chile, Karla Rubiar, confirmou nessa segunda-feira (21), em uma coletiva de imprensa, que o número de mortos nos confrontos chegou a 11.
A polícia chilena (Carabineros de Chile) informou que 819 pessoas foram detidas ontem (20) e que 67 policiais foram feridos. Desde o início dos confrontos, mais de 1400 pessoas foram detidas.
Segundo o presidente do País, Sebastián Piñera, “Estamos em guerra contra um inimigo poderoso, que está disposto a usar a violência sem nenhum limite. Eles estão em guerra contra todos os chilenos que querem viver em democracia”, afirmou.
Mesmo após o presidente Piñera revogar o aumento, os protestos continuaram. Manifestantes reclamam também da desigualdade social e dos altos preços de serviços de saúde e educação e dos baixos salários.
De acordo com o relatório “Panorama Social de América Latina” da Comissão Econômica da América Latina e Caribe (Cepal), 1% da população chilena concentra 26,5% da riqueza. O informe diz ainda que 66,5% dos chilenos têm apenas 2,1% do capital.
Protestos – As manifestações violentas levaram o governo a decretar toque de recolher. Santiago do Chile, a capital do país, e outras quatro regiões proibiram o livre trânsito de pessoas entre as 19h e 6h. Não havia toque de recolher no Chile há mais de 30 anos, desde a ditadura de Augusto Pinochet.
Diversos incêndios e barricadas foram registrados durante todo o fim de semana, lojas e supermercados foram invadidos e depredados. Quase 10 mil membros das Forças Armadas foram às ruas, após o presidente decretar estado de emergência na madrugada de sábado (19).
As aulas do ensino infantil, Fundamental e Médio foram suspensas e o serviço de transporte funciona parcialmente. O aeroporto de Santiago também foi afetado e há diversos voos atrasados e cancelados.
O ministro do Trabalho, Nicolás Monckeberg, solicitou compreensão e flexibilidade nos horários de entrada e saída dos trabalhadores e afirmou que um atraso não configura razão para demissões.
(Agência Brasil)
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