Vale paralisa barragem de rejeitos em Itabira

São Paulo – A mineradora Vale informou nessa segunda-feira (21) que suspendeu temporariamente a disposição de rejeitos na barragem Itabiruçu, localizada no Complexo de Itabira, na região Central do Estado, enquanto conduz avaliações sobre as características geotécnicas da estrutura.
No mesmo fato relevante em que informou sobre a barragem, a empresa reafirmou seu guidance de vendas de minério de ferro e pelotas de 307 milhões de toneladas a 332 milhões de toneladas para 2019, mas, “em função da paralisação de Itabiruçu e pela revisão do seu plano de vendas, espera que estas se situem entre o limite inferior e o centro da faixa”.
Até o início do mês, a Vale esperava que as vendas ficassem no centro da faixa do guidance.
Enquanto a disposição de rejeitos em Itabiruçu estiver suspensa, a barragem adotará o protocolo de emergência em Nível 1, de acordo com a Agência Nacional de Mineração (ANM), que não requer evacuação da população a jusante, destacou a companhia.
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“A decisão de paralisar as atividades dessa barragem derivou de avaliação da própria Vale, acordada com órgãos de fiscalização externos, sobre a necessidade de realizar estudos complementares sobre suas características geotécnicas. Os estudos serão realizados por empresa contratada pela Vale, durante o prazo de 30 dias”, ressaltou.
De acordo com a mineradora, a barragem Itabiruçu teve sua Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) emitida em 30 de setembro de 2019, que permanece válida.
O impacto na produção devido à paralisação na barragem Itabiruçu, que recebe rejeitos da mina de Conceição, estará limitado a 2019 com cerca de 1,2 milhão de toneladas, “uma vez que o plano de produção de 2020 já previa a paralisação momentânea desta barragem em grande parte de 2020”.
Deste modo, continuou a companhia, está mantido o plano de retomada da produção de aproximadamente 50 milhões de toneladas, capacidade ainda paralisada por conta do desastre em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, no início do ano. (Reuters)
CPRM realiza o primeiro leilão de projetos
Brasília – O Serviço Geológico do Brasil (CPRM), vinculado ao Ministério de Minas e Energia, vendeu ontem o primeiro projeto de mineração no âmbito do Programa de Parceria de Investimento (PPI) para a Perth Recursos Minerais.
A companhia arrematou os direitos de exploração do complexo em Palmeirópolis (TO), que contém mais de um elemento em quantidades para aproveitamento econômico, como zinco, cobre, chumbo e ouro, segundo nota do governo.
A CPRM detém cerca de 330 direitos minerários, divididos em 30 blocos, que serão ofertados à iniciativa privada.
Além do complexo de Palmeirópolis, outros quatro ativos minerais estão qualificados no PPI: Carvão Candiota (RS), Fosfato de Miriri (PE/PB), Cobre de Bom Jardim (GO) e Caulim do Rio Capim (PA).
Com proposta única, a empresa ofereceu 1,71% em royalties sobre a receita bruta, na fase de produção, além de R$ 15 milhões em bônus.
Em investimentos, são esperados mais de R$ 255 milhões, além da expectativa de geração de 2.500 empregos.
A Perth Recursos Minerais é constituída no Brasil, mas de origem australiana e com capital do fundo MMH Capital, de Dubai, nos Emirados Árabes, segundo nota do governo. (Reuters)
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