Economia

Confiança do comércio de BH sobe pelo 3º mês seguido

Confiança do comércio de BH sobe pelo 3º mês seguido
Levantamento da Fecomércio MG aponta confiança na melhora da economia brasileira e no crescimento das vendas - Crédito: Alisson J. Silva

A expectativa quanto à retomada da economia e os impactos positivos dos próximos meses no varejo fizeram com que o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) de Belo Horizonte avançasse pelo terceiro mês consecutivo, chegando a 115,2 pontos em outubro.

Os dados superam a fronteira do otimismo (acima de 100 pontos), marca mantida durante o ano de 2019. O último resultado abaixo da linha dos 100 pontos foi observado justamente em outubro do ano passado, quando foram apurados 99 pontos.

O indicador é elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG), com base em dados coletados mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). De acordo com o a estatística da Fecomércio, Letícia Marrara, esse desempenho reflete o cenário positivo para o varejo nos próximos meses.

“O último trimestre é marcado por eventos como a Black Friday, a entrada dos recursos do 13º salário no mercado e as compras de Natal. Para atender esse movimento, os empresários buscam investir e diversificar suas lojas, apostando tanto na contratação de empregados quanto na renovação dos estoques”, explicou.

Vale destacar que o Icec é composto por três índices, os quais dois apresentaram elevação em outubro sobre o mês anterior. O Indicador de Expectativa do Empresário do Comércio (Ieec), que mede as perspectivas para a economia brasileira, para o comércio e para os estabelecimentos, saiu de 149,8 pontos para 154,6 pontos no mês passado.

A estatística da entidade ressaltou que a confiança dos entrevistados na melhora da economia brasileira (89,6%), na expansão do setor (90,7%) e no crescimento das vendas da própria loja (92%) contribuiu para esse resultado.

Da mesma maneira, o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (Iiec), que avalia, por meio do planejamento para o quadro de funcionários, planos de melhorias e a situação dos estoques das empresas, traçando uma estimativa para o nível de investimento desses negócios, atingiu 100,3 pontos, frente aos 99,2 registrados no mês anterior. Aqui, destaca-se o fato de que 64,8% dos entrevistados projetam ampliar o quadro de funcionários.

Condições atuais – Já o Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio (Icaec), que indica, por meio da percepção do empresário, a evolução das condições da economia do País, do setor e das empresas, além do momento atual dos empresários, sofreu uma retração de 1,9 ponto, saindo de 92,6 pontos, em setembro, para 90,7, em outubro.

Entre os entrevistados, 47,1% apontaram uma melhora nas condições atuais para o setor. As empresas que comercializam bens duráveis são as que mais perceberam essa melhora (54,3%).

Neste ponto, a economista da Fecomércio-MG disse que as incertezas nos ambientes econômico e político nacional ainda têm influenciado as decisões dos empresários do setor. “Alguns pontos da pesquisa mostram que eles acreditam na piora da economia, enquanto outros ressaltam a retomada, mesmo que lenta”, comentou.

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