Economia

Mercado imobiliário acumula queda em BH

Mercado imobiliário acumula queda em BH
Crédito: Divulgação

Apesar de as vendas de imóveis novos na Capital e Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), terem avançado em setembro, o desempenho no acumulado de 2019 continua negativo. Nos nove primeiros meses deste ano, foram comercializados 2.376 imóveis nas cidades, representando uma queda de 9,49% em relação ao acumulado de janeiro a setembro do ano anterior.

A redução no acumulado do ano é justificada pela retração dos lançamentos no mesmo período, de 30,37%, já que, de janeiro a setembro, os lançamentos totalizaram 1.779 unidades e, no ano anterior, chegaram a 2.555.

Os dados são do Censo Imobiliário do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) e, de acordo com o vice-presidente da Área Imobiliária da entidade, Renato Michel, ainda é cedo para dizer se as altas observadas no nono mês deste exercício refletem a recuperação do setor e será uma tendência.

“É preciso aguardar mais alguns meses para avaliar como o setor irá se comportar. No entanto, fato é que a conjuntura nacional está mais favorável não somente às vendas de imóveis, mas aos lançamentos, que também apresentaram incremento em setembro”, comentou.

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Naquele mês, foram vendidos 265 apartamentos novos em Belo Horizonte e Nova Lima, o que representou uma alta de 27,4% em relação ao mês de agosto, quando foram comercializadas 208 unidades. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o aumento foi de 68%.

Lançamentos – Houve ainda incremento nos lançamentos. No nono mês de 2019, foram lançados seis novos empreendimentos, totalizando 499 unidades.  Este foi o maior volume de lançamentos desde junho de 2018, quando 937 unidades foram criadas.

Com este resultado, a oferta de imóveis residenciais novos disponíveis para comercialização encerrou o mês de setembro em 3.544 unidades, o que correspondeu a uma alta de 7,1% em relação a agosto (3.310). Mesmo com essa elevação, a oferta de imóveis continua muito baixa em Belo Horizonte e Nova Lima.

“No caso dos lançamentos, é bom que se justifique que o ciclo de um empreendimento é, em média, de cinco anos. Então, não é que as incorporadoras não estão interessadas em lançar novas unidades, mas que antes o cenário não estava propício e, agora, ainda dependem da burocracia”, justificou.

Já sobre as vendas, Michel citou ainda que, com a queda dos juros (Selic), os bancos estão reduzindo as taxas do crédito imobiliário, o que torna o momento mais adequado para a aquisição da casa própria.

Vale destacar que, em setembro, os lançamentos de imóveis de padrão econômico e luxo foram destaques. Do total de 499 unidades lançadas no mês, 192, ou seja, 38,5% do total corresponderam ao padrão econômico (até R$ 215 mil), enquanto 212 unidades (42,5% do total) foram do padrão luxo.

Além disso, do total de 499 unidades lançadas em setembro, 192 (38,5% do total) estavam localizadas na Pampulha, 128 (25,7% do total) na região Centro-Sul e 112 (22,4% do total) em Nova Lima.  Já os destaques das vendas foram observados nas regiões da Pampulha, com 81 unidades, Centro-Sul (69 unidades) e Oeste com 44 unidades.

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