Economia

Vendas do Natal devem crescer 3,62% na Capital

Vendas do Natal devem crescer 3,62% na Capital
O tíquete médio previsto para o Natal deste ano em Belo Horizonte é de R$ 137,73 contra R$ 118,74 em 2018 - Crédito: Divulgação

O Natal de 2019 deverá ser melhor para o comércio belo-horizontino. As vendas no período, que é a melhor época do ano para o segmento, devem apresentar um crescimento de 3,62% em relação ao mesmo período de 2018, injetando R$ 3,39 bilhões no setor. A projeção é da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH).

De acordo com o presidente da entidade, Marcelo de Souza e Silva, as boas expectativas estão relacionadas a uma série de fatores, que envolvem, inclusive, questões macroeconômicas. “Há a questão da inflação controlada, juros baixos, empregabilidade melhorando. Além disso, a liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) também foi importante”, destaca ele, que acrescenta, ainda como fator positivo, o fato de o endividamento estar caindo.

Os empresários também têm se mostrado otimistas em relação às vendas de fim de ano. De acordo com o estudo da CDL-BH, 67,6% acreditam que as vendas vão apresentar crescimento em 2019. Já 24,6% esperam manter a mesma média de 2018 e 7,8% apostam em redução das vendas.

E se existe essa crença maior em crescimento de vendas, já há também todo um movimento para atender a demanda. Segundo a pesquisa, 53,2% dos lojistas vão aumentar o volume de estoque em relação ao ano passado, enquanto 37,5% vão manter o mesmo volume. Já 9,3% afirmam que irão reduzi-lo.

Tíquete médio – Na hora de ir às compras, os consumidores também devem gastar mais neste Natal em relação a 2018. Enquanto no ano passado o tíquete médio foi de R$ 118,74, em 2019 será de R$ 137,73, segundo a pesquisa da entidade.

As roupas lideram a preferência dos consumidores, segundo a opinião de 36,5% dos empresários pesquisados. Logo depois das vestimentas estão calçados (14,1%), acessórios como bolsas, mochilas, carteiras, cintos (13,2%), brinquedos (9,8%), cosméticos e perfumes (8,3%), utensílios domésticos/itens de decoração (6,1%), produtos alimentícios como cestas de chocolates e panetones (5,8%) e produtos de cama, mesa e banho (4,9%).

A maioria dos empresários (43,4%) acredita que cada consumidor deve comprar cerca de dois produtos.

 

Novos comportamentos – O que se vê atualmente, após um período de crise mais intenso, é que tanto os consumidores quanto os comerciantes vêm adotando um novo comportamento, conforme frisa o presidente da CDL-BH.

De acordo com Marcelo de Souza e Silva, as pessoas estão se programando mais para realizar as suas compras. “Elas estão pesquisando mais, comprando à vista ou avaliando mais os valores das prestações. Tudo isso foi um aprendizado que veio com a crise, quando muita gente ficou apertada e passou a fazer contas”, analisa ele.

Mesmo assim, ainda devem predominar as vendas parceladas no cartão de crédito, com uma média de cinco parcelas, conforme a maioria dos lojistas pesquisados (50,8%). Logo depois, vêm à vista no cartão de crédito (26,5%), cartão de débito (16,5%), parcelado no cartão da própria loja (3,2%), dinheiro (2,6%) e parcelado no carnê/crediário (0,3%).

Já em relação aos lojistas, o presidente da CDL-BH diz que eles também estão se preparando mais, oferecendo, por exemplo, promoções, formas diferenciadas de pagamento, mais comodidade, entre outros.

Aliás, os próprios comerciantes afirmam na pesquisa da CDL-BH que as principais alternativas para fomentar o consumo são as liquidações/promoções de produtos (41,4%). Elas são seguidas por aumento do emprego para os consumidores (15,5%), divulgação (12%), adiantamento do décimo terceiro salário (6,8%) e flexibilidade na forma de pagamento (5,2%).

Já o que pode acabar prejudicando as vendas, de acordo com o estudo da entidade, é a falta de agilidade e cordialidade no atendimento (46%), desemprego (11,3%), diminuição da renda dos trabalhadores (8,1%), aumento do preço dos produtos (6,8%) e crise econômica (6,8%).

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