Preços de imóveis comerciais acumulam queda em BH

Este ano não tem apresentado números positivos em relação aos preços médios de venda e locação de imóveis comerciais em Belo Horizonte. De janeiro a outubro, a queda registrada no setor foi de 0,58% e 0,89%, respectivamente.
Já na variação acumulada em 12 meses, o preço de venda comercial teve redução de 1,03%, enquanto a diminuição do valor de locação foi de 1,22%. Os dados são do Índice FipeZap.
De acordo com o pesquisador da Fipe, Bruno Oliva, esse é um movimento geral, que tem se apresentado em todo o País, especialmente nos casos de venda. “Historicamente, há alguns anos, os valores vêm caindo. A queda se justifica principalmente pela situação do Brasil. No caso dos imóveis comerciais, há uma demanda ainda mais relacionada ao desempenho econômico do País. Então, nessas situações, é natural haver queda na procura por imóveis e redução dos preços”, justifica ele.
Quando se trata da comparação entre outubro e setembro, o Índice FipeZap revela um crescimento de 0,22% nos preços de venda de imóveis comerciais na capital mineira. A locação, por sua vez, permaneceu negativa, com queda de 0,23%.
Apesar do número positivo, o pesquisador da Fipe afirma que não se trata de algo tão representativo. “Pode haver algum ruído. Esse dado não necessariamente representa uma tendência mais firme”, diz ele.
Em outubro, os bairros que registraram os maiores preços médios de venda de imóveis comerciais foram Santa Tereza (R$ 10.147/m²), Prado (R$ 9.982/m²), Alpes (R$ 9.628/m²), Belvedere (R$ 9.625/m²) e Santo Agostinho (R$ 9.450/m²).
Já em relação à locação comercial, quem lidera a lista é o Belvedere (R$ 47,84/m²), seguido por Dom Joaquim (R$ 45,49/m²), Alpes (R$ 44,02/m²), Santo Agostinho (R$ 41,16/m²) e União (R$ 38,89/m²).
Rentabilidade – A taxa de rentabilidade do aluguel comercial em Belo Horizonte é de cerca de 4,88% a.a., ocupando o sétimo lugar entre as dez cidades pesquisadas. Salvador é quem está no topo do ranking, com 7,21% a.a.. Depois vêm Campinas (6,12%), São Paulo (5,69%), Brasília (5,34%), Porto Alegre (5,16%) e Florianópolis (5,04%). A capital mineira está à frente do Rio de Janeiro (4,74%), Curitiba (4,48%) e Niterói (4,36%).
Embora os números ainda estejam negativos, as perspectivas são de que esse quadro vai melhorar no segmento, de acordo com Bruno Oliva. Porém, ainda vai demorar um tempo até que o mercado volte a apresentar bons índices, segundo o profissional.
“Estamos tendo uma retomada econômica ainda tímida. É provável que, no ano que vem, ainda fiquemos no zero a zero. A partir de 2021, acredito que os preços já possam apresentar algum crescimento”, diz ele.
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