Projeto da barragem em Jequitaí será retomado

A sanção da lei 13.955/16 – que abre crédito suplementar para diversos órgãos do governo no valor de R$ 9,6 bilhões – pelo presidente Jair Bolsonaro, assegura recursos da ordem de R$ 50 milhões para a retomada das obras da Barragem de Jequitaí, no Norte de Minas Gerais. O projeto é aguardado pela população do Norte de Minas há quase 50 anos e vai beneficiar pelo menos 19 municípios na região.
A norma foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) de ontem e agora os recursos serão encaminhados para o Ministério do Desenvolvimento Regional, responsável por liberar o valor para o projeto em Jequitaí. O senador Rodrigo Pacheco (Democratas-MG) comemorou a sanção.
“É grande a minha alegria de ver que, graças ao trabalho conjunto que fizemos, esse recurso foi liberado e ajudará os mineiros. Que sejam os primeiros R$ 50 milhões de outros necessários para a finalização da barragem”, disse.
A obra da barragem é fundamental para a conclusão do Projeto Hidroagrícola do Jequitaí, considerado âncora para o desenvolvimento do Norte mineiro. O projeto é um empreendimento voltado para a exploração do potencial hídrico do rio Jequitaí, por meio da regularização de sua vazão, e tem como objetivo reduzir os riscos de enchentes e da falta de água na época de estiagem. Ele faz parte do Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco.
A estimativa é de que a implantação das Barragens I e II viabilize a irrigação de cerca de 35 mil hectares de lavouras, viabilize mais de 100 mil empregos diretos e indiretos, além da geração de energia, exploração do turismo e lazer e benefícios às áreas urbana e rural de municípios situados em seu raio de influência. Além disso, será possível a geração de energia instalada de 20,6 megawatts, garantindo uma série de melhorias aos meios urbano e rural de municípios situados na sua área de influência.
O empreendimento é considerado fundamental para garantir o abastecimento de aproximadamente 650 mil pessoas, distribuídas em 19 municípios da região.
Em junho, o governo de Minas divulgou que – segundo a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento Regional e responsável pela execução do projeto – para a conclusão do empreendimento seria necessário o aporte financeiro de R$ 283 milhões, dentro de um cronograma que prevê a entrega das obras em 2022.
Na época, em visita a Montes Claros, o senador Rodrigo Pacheco assumiu o compromisso com lideranças políticas e empresários locais de tratar pessoalmente do tema com o governo federal.
Após reunião com o ministro Gustavo Canuto e apoio expresso do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, encaminharam as discussões para aprovação do projeto. “Escolhi, como prioridade, a construção da barragem, e eles compreenderam essa necessidade”, afirmou o senador mineiro.
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