Demanda de crédito rural aumenta 15% em Minas Gerais

Os produtores de Minas Gerais estão demandando mais crédito na safra 2019/20. De acordo com os dados da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), somente nos cinco primeiros meses da safra, julho a novembro, a demanda pelos recursos do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) cresceu 15%, com a liberação de R$ 12,88 bilhões para a agricultura e pecuária de Minas Gerais. No mesmo período do ano passado, a demanda dos produtores era de R$ 11,24 bilhões. Com o valor liberado, Minas Gerais representa cerca de 14% do volume de recursos desembolsados para todo o País.
No Estado, até o fechamento do quinto mês da safra, já haviam sido aprovados 106.953 contratos, expansão de 1% sobre o volume registrado de julho a novembro de 2018.
Do total de recursos já liberados para o Estado, a maior parte (69%) foi destinada para a agricultura. Ao todo foram desembolsados para o setor R$ 8,89 bilhões, aumento de 12% frente aos R$ 7,97 bilhões registrados em igual período da safra anterior. Foram aprovados 46.516 contratos para acesso ao credito na agricultura, volume 1% maior.
Para a pecuária já foram desembolsados R$ 3,99 bilhões, o que representa um avanço de 22% frente ao volume de crédito liberado no mesmo período da safra 2018/19. Houve um crescimento de 2% no numero de contratos, que somou 60.437.
Dentre as linhas que compõem o PAP, a que apresentou a maior demanda foi a de custeio. De julho a novembro de 2019, foram liberados R$ 7,25 bilhões para o custeio da safra mineira, alta de 14% quando comparado com os R$ 6,36 bilhões registrados em igual período de 2018. Em relação aos contratos aprovados (45.522), houve um avanço de 1%.
A maior parte dos recursos foi destinada ao custeio da agricultura. Ao todo, já foram liberados R$ 5,31 bilhões, recursos 17% maiores que os registrados anteriormente. A aprovação de contratos somou 28.481, variação positiva de 5%.
Em novembro, de acordo com dados da Seapa, os produtos que demandaram maior volume de recursos da linha de custeio, em Minas Gerais, foram: o café (R$ 534,07 milhões), milho (R$ 75,94 milhões), soja (R$ 74,53 milhões), cana-de-açúcar (R$ 39,24 milhões) e feijão (R$ 21,47 milhões).
Para o custeio da pecuária os desembolsos totalizaram R$ 1,94 bilhão, alta de 7% frente aos R$ 1,82 bilhão liberados entre julho e novembro de 2018. Foram aprovados no período 17.041 contratos, queda de 4%.
A maior parte dos recursos de custeio da pecuária, liberados em novembro, foi para a bovinocultura (R$ 353,86 milhões). Para suínos foram desembolsados R$ 25,91 milhões, seguido por aves, R$ 3,37 milhões e piscicultura, R$ 2,25 milhões.
Investimentos – Assim como na linha de custeio, a demanda por recursos para investimentos também está maior. Entre julho e novembro, os desembolsos para a modalidade cresceram 28% no Estado, somando R$ 2,88 bilhões. Os contratos aprovados, 59.829, cresceram 3%.
Na pecuária a busca por recursos para investimento cresceram 46%, com a liberação de R$ 1,45 bilhão. Para a agricultura, foram liberados R$ 1,43 bilhão, variação positiva de 13%.
Para a linha de investimento, a aprovação de contratos cresceu 4% e somou 42.980. Já na agricultura, o numero permaneceu estável, com a liberação de 16.849 contratos de investimento.
Os valores de crédito liberados para a linha de comercialização ficaram menores, quando comparado com igual período do ano passado. De acordo com o levantamento, foram desembolsados R$ 2,31 bilhões para a modalidade em Minas Gerais, redução de 8% sobre os R$ 2,52 bilhões registrados em igual período de 2018. A aprovação de contratos da linha de comercialização caiu 32%, somando 1.532 liberações, ante 12.257 na mesma base de comparação.
Para a linha de comercialização da agricultura foi liberado o montante de R$ 1,80 bilhão, queda de 15%, com a aprovação de 1.150 contratos, volume 40% menor. Já na pecuária, o crédito de comercialização cresceu 24%, com liberação de R$ 510 milhões. A aprovação de contratos chegou a 382, número 17% maior.
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