Economia

Preços do petróleo avançam após morte de comandante militar do Irã

Preços do petróleo avançam após morte de comandante militar do Irã
Crédito: REUTERS/Nick Oxford

Os preços do petróleo saltaram para o maior nível em mais de três meses nesta sexta-feira (3), depois de ataque aéreo dos Estados Unidos que matou o principal comandante militar iraniano no Iraque, gerando preocupações de que a escalada dos conflitos na região possa afetar as ofertas globais de petróleo.

O petróleo Brent subiu US$ 1,82, ou 2,75%, a US$ 68,07 por barril na tarde desta sexta, após tocar máxima de US$ 69,50 na sessão, maior valor desde meados de setembro, quando instalações petrolíferas da Arábia Saudita sofreram ataques.

O petróleo dos Estados Unidos avançou US$ 1,35 ou 2,21%, a US$ 62,53 por barril. A máxima da sessão foi de US$ 64,09, mais alto nível desde abril de 2019.

Um ataque aéreo no aeroporto de Bagdá matou o major-general Qassem Soleimani, arquiteto da crescente influência militar do Irã no Oriente Médio e um herói para muitos iranianos e xiitas da região.

Os EUA afirmaram que Soleimani planejava um ataque iminente a instalações e trabalhadores norte-americanos no Iraque, Líbano, Síria e outros países.

Já o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse que uma dura vingança aguarda os “criminosos” que mataram Soleimani.

A embaixada dos EUA em Bagdá pediu nesta sexta-feira a todos os seus cidadãos que deixem o Iraque imediatamente devido à escalada nas tensões. Dessa forma, dezenas de norte-americanos que trabalham para petroleiras estrangeiras na cidade iraquiana de Basra se preparavam para sair do local, disseram fontes corporativas à Reuters.

Ainda assim, todos os campos de petróleo do país estão operando normalmente e produção e exportações não foram afetadas, de acordo com comunicado do Ministério do Petróleo do Iraque. O órgão acrescentou que cidadãos de outras nacionalidades não estão deixando o país.

O Iraque, segundo maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), exporta cerca de 3,4 milhões de barris de petróleo bruto por dia.

(Reuters)

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