Economia

Em nova fase, BNDES vai focar gás, saneamento e meio ambiente, diz Montezano

Em nova fase, BNDES vai focar gás, saneamento e meio ambiente, diz Montezano
Crédito: Sergio Moraes/Reuters

São Paulo – Enquanto abre mão de sua participação em várias empresas, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pretende trabalhar mais com saneamento, gás e preservação florestal, segundo o presidente do banco, Gustavo Montezano.

De acordo com ele, o banco de fomento irá continuar trabalhando nas áreas em que já atua, como na construção de rodovias, portos e geração de energia, mas deve olhar a outros três segmentos.

“Tem três setores que nós consideramos a nova fronteira. É onde há menor potencial para mudar vertiginosamente a participação e a dinâmica desses segmentos no país”, disse.
Ao falar de cada área, ele citou a importância da aprovação do marco do saneamento e comentou também as mudanças no segmento de gás, como a distribuição.

“No caso das distribuição, hoje o setor de gás brasileiro é concentrado em empresas estatais, e grande parte delas tem a Petrobras como sócia no conjunto com a Mitsui. Então tem que haver uma privatização deste segmento.”

Sobre a preservação florestal, Montezano disse que banco está engajando esforços, gente, tecnologia e recursos para ter um papel fundamental em como monetizar e preservar os ativos florestais brasileiros.

“Temos um mar de possibilidades pela frente até porque somos talvez o maior ativo florestal do mundo, em termos de área e em termos de valor econômico e financeiro.”

Ao mesmo tempo em que olha mais para tais segmentos, o banco de fomento já está se desfazendo de participações em empresas, segundo o chefe do BNDES. Ele diz que a ideia é desinvestir isso até o fim de 2022.

“Temos hoje uma carteira de ações especulativas em Bolsa de mais ou menos de R$ 115 bilhões. Na segunda-feira agora, com os mercados mais agitados, nós perdemos algo próximo a R$ 5,8 bilhões em um dia. Então a população brasileira perdeu esse valor a mercê do mercado.”

Montezano disse que a expectativa é que em 2022 essa carteira de ativos fique próxima a 0%.

(Folhapress – Arthur Cagliari)

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