Moeda americana atinge novo recorde

São Paulo – O dólar cravou novos recordes históricos na sexta-feira (7), chegando a ser cotado acima de R$ 4,32, em mais um dia de força da moeda norte-americana no exterior, especialmente contra emergentes, e de nova queda nos preços das commodities. O dólar à vista fechou em alta de 0,82%, a R$ 4,3210 na venda, superando com folga a cotação de encerramento de quinta-feira (R$ 4,2859), também um recorde.
Durante o pregão, a moeda escalou a R$ 4,3245 na venda, também deixando para trás com ampla margem a máxima histórica intradia anterior – de R$ 4,2873, marcada em 31 de janeiro. Na B3, o dólar futuro tinha alta de 0,89%, a R$ 4,3250, após se aproximar de R$ 4,33 na máxima.
Ativos de risco no exterior voltaram a se desvalorizar na sessão, com firme queda das bolsas de valores em Nova York, sob efeito de sinais menos animadores do mercado de trabalho dos Estados Unidos e de persistentes temores sobre os efeitos econômicos do coronavírus, que tem paralisado fábricas em várias áreas da China, segunda maior economia do mundo e grande consumidora de commodities.
Analistas chamam atenção para a depreciação do real junto com a queda dos preços das matérias-primas, o que acaba pressionando os termos de troca e joga contra um já desafiador cenário para fluxo de câmbio comercial. “Além disso, considerando que potenciais gatilhos positivos (como a sinalização de fim de corte de juros e expectativa de fluxos de recursos) vindo e indo embora sem conseguirem estabilizar o real, um risco adicional de baixa para o real é plausível também devido a menor inflação”, disseram analistas do Citi em nota.
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O IPCA desacelerou a alta a 0,21% em janeiro, de 1,15% em dezembro, menor nível para o primeiro mês do ano desde o início do Plano Real, em 1994.
No acumulado da semana, o dólar subiu também 0,82%, a sexta semana consecutiva de valorização, período em que a divisa saltou 6,70%. (Reuters)
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