Após dois anos, Carnaval de BH volta neste fim de semana

Depois de dois longos anos, o Carnaval de Belo Horizonte volta com uma festa que promete ser para todos: alegre, diversa e descentralizada. A programação, que vai de 4 a 26 de fevereiro, conta com atrações em todas as regionais e deve gerar uma movimentação de R$ 600 milhões, segundo projeção da Empresa Municipal de Turismo (Belotur). A arrecadação prevista é de R$ 24 milhões em impostos indiretos líquidos (ISS, ICMS e IPI) e mais de 20 mil empregos diretos e indiretos serão gerados durante o período.

“A Prefeitura está empenhada em fazer do Carnaval de Belo Horizonte o melhor do Brasil. Um Carnaval seguro, maior, mais feliz. É muito importante saber que o Carnaval exige uma estrutura que garanta segurança, mobilidade e limpeza. Queremos um carnaval que proteja as crianças, as mulheres, a comunidade LGBTQIA+, o melhor Carnaval do Brasil”, discursou o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD).

De acordo com o presidente da Belotur, Gilberto Castro, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) cadastrou 16.117 ambulantes que poderão comercializar bebidas e adereços carnavalescos no período oficial do Carnaval. O número de registros cresceu, aproximadamente, 10% em relação à edição de 2020, que teve 14.694 credenciados.

“O Carnaval de Belo Horizonte é um carnaval diverso, plural, de todo mundo. O trabalho de descentralização é permanente. A gente acredita em um carnaval que deva acontecer na cidade como um todo. A cidade está preparada e estamos confiantes no trabalho realizado e que continua durante fevereiro”, explicou Castro.

A festa conta com dois patrocinadores: Sistema Fecomércio-MG e a rede Supermercados BH. Embora o valor total investido não tenha sido divulgado, o presidente da Fecomércio-MG, Nadim Donato, informou que a entidade vai desembolsar R$ 2 milhões entre patrocínio direto e ações em torno da Rodoviária de Belo Horizonte, Aeroporto Internacional de Belo Horizonte (BH Airport) e de qualificação dos ambulantes.

“Nós descobrimos que a Prefeitura não tinha conseguido um master investidor e entendemos que seria muito importante que nós trabalhássemos para que os bares, restaurantes e hotéis de Belo Horizonte lotassem. Com isso, nós traríamos recursos financeiros para a cidade”, afirmou Donato.

Outras empresas assinaram contratos de permuta e entram como apoiadoras do evento, entre elas O Boticário, Gingibre, Cervejaria 040, Cervejaria Läut, Cervejaria Albanos, Sympla, Destilaria Verace, Ouro Minas Hotel Belo Horizonte e Limpão Mercado. Os valores também não foram divulgados.

“Isso pra gente representa muito. São empresas mineiras, muitas da nossa cidade, o que nos deixa muito orgulhosos. Belo Horizonte é a cidade da gastronomia e essas empresas têm papel importantíssimo nesse reconhecimento. A cidade está preparada e estamos confiantes no trabalho realizado e que continua durante fevereiro”, completou o presidente da Belotur.

Otimismo

Pesquisa realizada em parceria entre a Fecomércio-MG e a Belotur mostrou que entre os empresários ouvidos, 45,7% acreditam que o Carnaval de rua da Capital será positivo para as cadeias de comércio, serviços e turismo da cidade. Entre os principais motivos estão a atração de mais turistas/pessoas, com 66,7%, e o maior movimento nos estabelecimentos (16,7%).

Como já é tradição, as escolas de samba receberam R$ 2,116 milhões em subvenção do poder público, 15% a mais que em 2020. Já a premiação do Grupo Especial será de R$ 90 mil para o primeiro lugar; R$ 50 mil para o segundo e R$ 25 mil para o terceiro lugar. O Prêmio de Quesito (grupos especial e de acesso) é de R$ 13 mil.

Para os blocos caricatos, a subvenção foi de 480 mil (20% a mais do que em 2020). No Grupo A, as premiações são: R$ 30 mil para o primeiro lugar; R$ 20 mil para o segundo; e R$ 10 mil para o terceiro lugar. O vencedor do Grupo B recebe R$ 5 mil e o Prêmio de Quesitos, igual valor.

Os equipamentos do setor cultural da PBH também vão oferecer uma série de atividades especiais durante o período de Carnaval. A programação conta com shows, exposições, bailes infantis, oficinas, e cortejos de blocos. As atividades acontecem em 14 centros culturais descentralizados, no Espaço Cênico Yoshifumi Yagi/ Teatro Raul Belém Machado e Teatro Francisco Nunes. Toda a programação está disponível no site http://portalbelohorizonte.com.br/carnaval

Estrutura

Cerca de 30 órgãos públicos vão trabalhar em conjunto. O Centro Integrado de Operações de Belo Horizonte (COP-BH) vai monitorar o evento em tempo real. Blocos de Carnaval e serviços da cidade também terão acompanhamento georreferenciado.

A Guarda Municipal vai estar com um efetivo de 4 mil agentes para ajudar na segurança e 20 mil postos extras de policiamento para garantir a tranquilidade da festa foram anunciados pela Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG).

Além das equipes fixas, cerca de 150 equipes volantes integradas, compostas por fiscais, guardas municipais e policiais militares, irão circular pela cidade.

A Superintendência de Mobilidade do Município de Belo Horizonte (Sumob) e a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) vão realizar uma grande operação de trânsito e transporte em toda a cidade. Foliões e usuários do transporte público terão quatro pontos de apoio “Posso ajudar”, instalados na Praça Sete, Praça da Savassi, Praça da Estação e Mercado das Flores.