Economia

MRV vai reduzir operações nos próximos anos para recuperar rentabilidade

Série de fatores, segundo empresa, interferiu nos resultados financeiros, como a constituição da MRV&CO e a pandemia de Covid-19
MRV vai reduzir operações nos próximos anos para recuperar rentabilidade
Plano da empresa, entre 2023 e 2025, é sair gradualmente de cerca de 40 cidades | Crédito: Divulgação/ MRV

Após registrar resultados negativos nos últimos anos, o grupo mineiro MRV&CO – que engloba as empresas MRV, Urba, Luggo, AHS e Sensia – vai reduzir as operações da MRV Incorporação para recuperar a rentabilidade e o caixa. O plano da empresa, entre 2023 e 2025, é sair gradualmente de cerca de 40 cidades e manter a atuação em São Paulo e nas principais regiões metropolitanas do País.

O projeto de alcançar a venda de 70 mil unidades ao ano, lançado há quatro anos, também foi revisado e a meta agora é ficar na média registrada em anos anteriores, que era em torno de 40 mil.

Durante o “MRV Day 2023”, realizado nesta terça-feira pelo grupo, o CEO da MRV&Co, Rafael Menin, explicou que uma série de fatores interferiu nos resultados da empresa. Um deles foi a constituição da MRV&CO – que demandou bastante investimento, tempo e tornou o negócio mais complexo.

Dentre os fatores externos estão a pandemia de Covid-19, a falta e o encarecimento de insumos e a guerra entre Rússia e Ucrânia. Tudo isso fez com que, nos últimos três anos, a MRV apresentasse resultados financeiros abaixo da média histórica.  

Além de reduzir o número de cidades de atuação e a meta de vendas de apartamento por ano, para a recuperação da rentabilidade da empresa também está no planejamento o aumento da margem de lucro por unidade.

O lucro bruto unitário até dezembro de 2023 deve chegar a R$ 75.900, uma evolução de 149% frente a dezembro de 2020, quando o lucro bruto por unidade era de R$ 30.441. Em dezembro de 2022, o lucro ficou em R$ 61.772.

Também haverá um aumento do tíquete-médio na MRV Incorporação. Para 2023, é previsto mais um reajuste no valor médio dos apartamentos, em torno de 5% acima do  Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), e preço médio por unidade chegando a R$ 230 mil no final do ano. Em 2022, o reajuste feito ficou próximo a 25%.

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