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Mesmo com falhas, ChatGPT é sensação e já ganha concorrentes

Baidu, Google e a própria Microsoft, que aposta no programa, vêm desenvolvendo serviços semelhantes de inteligência artificial
Mesmo com falhas, ChatGPT é sensação e já ganha concorrentes
ChatGPT fez sucesso nos EUA quando lançado gratuitamente, em novembro, levando algumas escolas até a proibirem seu uso | Crédito: Reprodução

Sensação mundial nos últimos meses e criado pelo laboratório dos Estados Unidos de pesquisas em inteligência artificial OpenAI, o ChatGPT é, resumidamente, um software projetado para imitar uma conversa humana, com base em solicitações do usuário. O chatbot, quando recebe uma pergunta, busca em todas as redes disponíveis informações para responder o usuário. 

Entretanto, o que difere o polêmico bot da empresa unicórnio OpenAI de outros bots é que ele é super avançado na criação de textos. Em suas respostas, além de dar informações básicas, o programa também pode gerar artigos, ensaios, piadas e até poesias, se pedido pelo usuário. 

Testado pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO, o ChatGPT conseguiu criar legendas simples para fotos, descrever imagens, escrever histórias, entre outras coisas. Entretanto, quando perguntado sobre eventos famosos como o Oscar e o Grammy de 2023, ele respondeu que não sabia quem eram os indicados, mostrando que o bot ainda passa por dificuldades de programação. 

Concomitantemente, sendo um bot produzido na língua inglesa, o ChatGPT tem algumas dificuldades para responder em português brasileiro, com alguns erros de gramática, mas nada impossível de entender.

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Para utilizar o programa, basta fazer um login através do site Chat OpenAI | Crédito: Reprodução

Acesso

Mesmo com todos os pontos fracos, o ChatGPT fez sucesso nos EUA quando lançado gratuitamente, em novembro, levando algumas escolas até a proibirem seu uso. Isso porque os alunos estavam pedindo para o chatbot fazer algumas questões de dever de casa que deveriam ser autorais. Esse problema gerou uma pequena discussão entre internautas, tendo em vista que não há como confirmar se as poesias, artigos, etc, que o bot faz são realmente originais. 

Para utilizá-lo, basta fazer um login através do site Chat OpenAI e escolher a versão gratuita, já que versões pagas estão sendo desenvolvidas. Ele foi treinado com uma grande quantidade de textos disponíveis na internet, como notícias, fóruns, livros, com cerca de 40 bilhões de palavras.

Concorrência

O serviço chinês de busca na internet Baidu, equivalente ao nosso Google, está se preparando para lançar seu próprio chatbot de inteligência artificial, que irá concorrer com o ChatGPT.

Atualmente, os chatbots na China se concentram na interação social, enquanto o bot da OpenAI tem melhor desempenho em tarefas mais profissionais, como programação e redação.

A Google também não poderia ficar para trás. A empresa anunciou recentemente seu chatbot: Bard. 

“Bard busca combinar a amplitude do conhecimento mundial com o poder, a inteligência e a criatividade de nossos grandes modelos de linguagem. É baseado em informações da web para fornecer respostas novas e de alta qualidade”, postou o CEO, Sundar Pichai, no blog da Google.

A Microsoft, que está investindo na OpenAI há quase quatro anos, também anunciou a mais nova versão do Bing, prometendo que terá uma inteligência artificial mais poderosa que a do ChatGPT. 

O chatbot já está disponível para teste do público a partir desta terça-feira, com um número limitado de consultas, mas já podendo se inscrever para o pacote completo.

Unicórnio reúne ícones da tecnologia

Fundada em 2015, em São Francisco (EUA) por Sam Altman, Reid Hoffman -cofundador do LinkedIn-, Jessica Livingston, Elon Musk, Ilya Sutskever, Peter Thiel -cofundador do PayPal- , entre outros, a empresa é considerada uma empresa unicórnio, já que é uma startup que possui avaliação de preço de mercado no valor de mais de US$ 1 bilhão.

Depois de um tempo, Musk anunciou sua saída da empresa de forma participativa, alegando diferenças de opiniões do resto da equipe, mas continua como conselheiro e fazendo investimentos. 

*Estagiária sob supervisão da edição.

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