Palácio das Artes tem concerto de Carnaval

A Fundação Clóvis Salgado (FCS) entra em clima de folia e reúne os três corpos artísticos da instituição no concerto de Carnaval “Esquentando os tamborins”. Com a presença dos músicos do Coral Lírico (CLMG) e da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG), dos bailarinos da Cia. de Dança Palácio das Artes (CDPA) e de membros da Escola de Samba belo-horizontina Canto da Alvorada, o repertório traz canções que representam uma viagem pelas cores e sons do Carnaval.
As apresentações, gratuitas, fazem parte da série Sinfônica e Lírico ao Meio-Dia, e acontecem hoje e amanhã, a partir das 12h, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes. Os concertos serão conduzidos pelo maestro André Brant, regente-assistente da OSMG.
As duas apresentações demonstram toda a versatilidade, criatividade e excelência dos integrantes dos corpos artísticos. O programa traz arranjos repletos de temas carnavalescos, e dois movimentos elaborados no período em que os corpos artísticos paralisaram as atividades em virtude da pandemia da Covid-19. “Quando o Carnaval Voltar” é uma homenagem das FCS aos diversos blocos de rua que desfilam pela capital nos dias de folia; já Canto da Alvorada foi criada em parceria com a Escola de Samba de mesmo nome, que empresta alguns de seus membros para a apresentação no Grande Teatro. Todos os arranjos foram compostos pelo pianista do CLMG, Fred Natalino.
Folia de volta
Às vésperas do Carnaval, os corpos artísticos da Fundação Clóvis Salgado dão início às festividades e reforçam a grandeza cultural dessa época, trazendo artistas, melodias e aspectos culturais que estão intimamente ligados à identidade brasileira. O repertório proporciona aos espectadores uma imersão pelos sons do Carnaval, começando pelas aberturas com trechos de celebradas canções dos músicos Chico César, Elba Ramalho e Carlinhos Brown. As aberturas remetem aos momentos em que estes artistas se apresentaram no Sinfônica Pop, tradicional série da FCS em que músicos da MPB são convidados pela Orquestra Sinfônica de Minas Gerais para celebrar a música popular nacional e os ritmos afro-brasileiros.
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André Brant, regente-assistente da OSMG e responsável pela condução das apresentações, afirma que, desta vez, a opção foi por escolher somente arranjos do compositor e pianista Fred Natalino, o que diferencia o repertório das outras ocasiões em que o concerto “Esquentando os tamborins” foi realizado, quando havia outras músicas, algumas inclusive eruditas.
Para esta retomada do tradicional concerto, os arranjos foram selecionados de modo que a temática do programa fosse exclusivamente popular brasileira, conta o maestro. “Não tem nenhuma música erudita. Na forma como esses arranjos foram escritos, utilizando todos os instrumentos da orquestra, há o modo de compor clássico. Apesar das melodias e das músicas serem populares, e do Fred extrair melodias desse lugar, o compositor escreve como se fosse uma obra clássica. Neste concerto também não teremos a presença de banda, que muitas vezes deixa o caráter da apresentação mais popular, mas dessa vez, somente instrumentos acústicos, então é uma mistura de música erudita com popular, o que torna, na minha opinião, muito mais interessante”, salienta o regente.
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