“Além do Rio” é releitura do mito de Medeia

Amanhã, quinta e sexta-feira, às 19h30, o Centro Cultural UFMG recebe os alunos do Teatro Universitário da UFMG para a apresentação do espetáculo teatral “Além do Rio”. O evento integra o projeto Recitais e tem a classificação indicativa de 12 anos.
Os ingressos podem ser adquiridos antecipadamente pelo link disponibilizado no perfil do Instagram “alemdo rio” e na portaria do Centro Cultural UFMG uma hora antes das sessões. Os ingressos custam R$15 (meia) e R$30 (inteira) e são limitados de acordo com a lotação do espaço.
A peça é resultado final da disciplina de interpretação III do Curso Técnico em Teatro Universitário da UFMG, produzida pelo ‘Teatro&Cidade – Núcleo de Pesquisa Cênica’, coordenado pelo professor Rogério Lopes, que também assina a direção do espetáculo, com a direção musical de Júlia Tizumba.
O texto da obra foi escrito em 1957, por Agostinho Olavo, para o Teatro Experimental Negro (TEN), liderado por Abdias Nascimento.
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O autor fez uma releitura do mito grego de Medeia, por meio da personagem de uma rainha africana que, por estar apaixonada por um homem branco, trai e deixa seu povo, mas cai em desgraça quando é abandonada por ele.
O enredo da peça apresenta influência da cultura afro-brasileira, reforçada pela musicalidade e corporalidade de inspiração afrodiaspórica, trazidas pela equipe de criação desta montagem, majoritariamente formada por criadores e criadoras negras.
Além de realizar aulas de percussão e de danças afro-brasileiras, a turma de alunos foi levada a discutir sobre questões raciais na sociedade em geral e no cotidiano da escola, uma vez que a peça é uma crítica ao mito da democracia racial brasileira.
Foi construído, ainda, um diálogo com o espaço público da rua, que se materializa no trabalho por meio de um cortejo musical, prólogo da peça, que se inicia em espaço externo e aberto e é continuada em ambiente interno.
Criado em 2013 como grupo de pesquisa e extensão do Teatro Universitário da UFMG, coordenado pelo professor Rogério Lopes, desenvolve trabalhos de rua, transformando-a em local de ensaio, convivência, criação e apresentação.
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