Economia

Faturamento de restaurantes e bares de BH deve crescer 20%

Volta da realização da tradicional folia na Capital gera grandes expectativas de receita entre os empresários do segmento
Faturamento de restaurantes e bares de BH deve crescer 20%
Foto: Bruno Werneck

O segmento de bares e restaurantes em Belo Horizonte está com grandes expectativas com a volta do Carnaval à cidade. Apesar da inflação no preço dos insumos, a estimativa do setor é de um crescimento de 20% no faturamento frente ao último ano de folia. É o que revela a conselheira da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes – Seccional Minas Gerais (Abrasel-MG), Karla Rocha.

O proprietário do bar Da Villa, localizado na região da Savassi, Leonardo Pontes, conta que as expectativas para o Carnaval são as melhores possíveis, já que o evento contribui para o comércio e incentiva o consumo, além de servir como um atrativo turístico para o município.

Pontes também considera que a tendência é de uma melhora na receita. O empresário lembra que, em 2020, o último ano de folia em Belo Horizonte, o bar registrou um aumento de 20%. Já para este ano, a expectativa é de uma elevação em torno de 30% na receita.

O dono do Da Villa diz ainda que espera um incremento de 30% no consumo de bebidas e alimentos em seu estabelecimento durante o período. Mas ele deixa clara a preocupação com o período pós-carnaval, que deve vir acompanhado de uma queda no consumo causado por uma “ressaca” após o fim da folia.

Outro empresário com boas expectativas para as festas na cidade é o proprietário do espaço gastronômico Andrade Colaborativo, Reginaldo Calixto. Ele explica que por contar com uma localização estratégica, também na região da Savassi – um dos principais pontos das festividades carnavalescas em Belo Horizonte – e com uma grande diversidade de restaurantes no mesmo ambiente, o Andrade deve registrar um bom movimento durante o período.

Ele destaca que o espaço tem uma proposta diferente dos demais estabelecimentos e que isso vem gerando melhores resultados como o incremento no faturamento durante o pré-carnaval.

Preparação

A representante da Abrasel-MG revela que os bares e restaurantes da capital mineira vêm se preparando para atender os foliões de forma rápida e eficiente.  “Agilidade é a nossa palavra de ordem”, declara Karla. 

Já Pontes relata que os empresários estão investindo em melhorias na decoração do ambiente, incremento no estoque e na contratação e treinamento de novos profissionais. O quadro de funcionários do bar Da Villa, por exemplo, aumentou 20%, de acordo com o proprietário.

Enquanto Calixto aponta para os pratos e drinques especiais para esta data que estão sendo criados pelos restaurantes de Belo Horizonte. O empresário revela que bebidas como vinhos brancos e rosé, drinques, sucos e água de coco têm sido algumas das preferências dos foliões, além dos petiscos. 

A conselheira da Abrasel-MG destaca também o papel dos eventos privados, que já estão ocorrendo em alguns locais da cidade, como no Santo Antônio, no crescimento da demanda. Ela estima que, até o momento, essa alta foi de até 10% da demanda do segmento de bares e restaurantes da Capital.

Já na visão de Pontes, esse aumento na demanda ainda não é perceptível. Isto porque  esses foliões não são “tão benéficos” para o setor, considerando que as festas de pré-carnaval tendem a dispersar as pessoas pela cidade e, consequentemente, alterando a rotina do comércio. Para o proprietário do Da Villa, só será possível mensurar o crescimento na demanda durante a semana de Carnaval.

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