Plataforma Dahdos auxilia empresas na retenção de talentos; Entenda!

Na mesma semana em que foi decretado o início do lockdown em São Paulo, por conta da Covid-19, os sócios Renan Nishimoto, Guilherme Goya e Cauê Gonçalves estavam fazendo a primeira reunião da startup Minehr. Apostar na criação de um sistema que roda sprints ágeis em um processo de coleta e análise de dados na esfera de gestão de pessoas parecia desafiador naquele cenário. No entanto, o desafio se tornou um gatilho diante dos três empresários que, juntos, criaram a web-plataforma Dahdos.

Desde então, o sistema passou por testagens e foi lançado somente no ano passado. De acordo com o CEO da empresa, Renan Nishimoto, a Dahdos é uma solução que trabalha com o objetivo de prever com cerca de 95% de precisão, as possibilidades de um colaborador ser desligado de um time. Ele ainda afirma que a mesma ferramenta é capaz de, por meio de análises, contribuir para o aperfeiçoamento da gestão de pessoas, a fim de reduzir a rotatividade dentro das empresas.

“Empreender já é uma incerteza, mas empreender com um negócio inovador no Brasil e com uma tecnologia diferente, enquanto startup, que é um produto que está para ser validado, e torná-lo consolidado, é ainda mais desafiador”, define o empresário.

Pandemia e digitalização favoreceram negócio

Nishimoto ressalta que o fato da pandemia ter surgido no momento em que a empresa tentava dar os primeiros passos fez com que outras passassem pelo processo de digitalização. “Essas empresas precisaram atuar com ferramentas digitais e tecnologias para várias necessidades mais rapidamente. E, nesse contexto, as pessoas trabalhando por meio de novas plataformas, facilitou nossa entrada nas empresas para conseguir capturar uma série de dados comportamentais dos colaboradores”, diz.

Os dados acessados via diferentes plataformas fez com que a Minehr conseguisse viabilizar a implantação do produto criado de uma forma mais rápida. Agora, em tempos de pós-pandemia, mas também de uma “febre” com o lançamento do ChatGPT, a startup recebeu um investimento do maior player de gestão empresarial do País, o grupo Falconi.

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Com o sistema, as empresas conseguem aprimorar sua área de gestão de pessoas, reduzindo assim o índice de rotatividade nas corporações. A inovação da Minehr, inclusive, já foi contratada por grandes corporações, dentre elas, a Cogna Educação, Faber-Castell e a companhia de produção industrial de pneus Pirelli.

“Com os dados apurados, podemos ter as variáveis que identificam qual é o tipo de profissional que a empresa possui, qual o tipo de profissional que tende a faltar e que ela necessita. Tudo isso pelo histórico de comportamento dos colaboradores. A questão de retenção de talentos, pelo menos no mercado, e principalmente no período pós-pandemia, foi um dos principais carros-chefes de nossos cases e tem gerado em torno do turnover“, pontua Nishimoto.

Dahdos analisa histórico comportamental de colaboradores

Ele ressalta que, dentro de um case recente, cuja a empresa não pode ser revelada, foram feitas as modelagem preditivas. Os resultados dos estudos qualitativos e quantitativos ajudaram com que esse cliente reduzisse em 70% os pedidos voluntários de demissões.

“Alocamos seis especialistas multidiciplinares em People Analytics, dentre eles, engenheiro de dados, especialista de RH e gerente de projeto para a implantação. Esse processo leva em torno de três meses. Depois que fazemos a implantação da plataforma, mantemos por um formato de licenciamento de utilização para a empresa e cobramos a mensalidade. Esses valores variam de acordo com o porte da empresa e o número de colaboradores. Já a implantação depende da quantidade de modelos de testes que querem desenvolver com a gente”.

Para 2023, a meta da empresa, segundo o CEO, é ter um resultado quatro vezes superior ao registrado em 2022. “É interessante como estamos conseguindo comunicar com mais força ao mercado esse tipo de solução”, enfatiza, ressaltando a aposta no grande potencial de transformação na retenção de talentos dentro das empresas. “Uma realidade que você acaba tomando base mais nas experiências dos gestores, com menos achismos, mas com evidências, fatos e dados”, conclui.