Venda de imóveis volta a cair em BH e Nova Lima
Após dois anos de crescimento, a comercialização de novos apartamentos em Belo Horizonte e Nova Lima voltou a cair em 2022. Ao todo, foram 5.036 imóveis vendidos, o que representa uma queda de 6,93% em relação a 2021 (5.411 unidades). Os dados fazem parte do Censo do Mercado Imobiliário, realizado pela Brain Consultoria para o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG).
Um dos motivos para o recuo foi o aumento de 12,76% do Custo Unitário Básico de Construção (CUB/m²). Como consequência, houve uma elevação de 13,31% no preço médio dos imóveis, afetando a aquisição pela população de mais baixa renda. O valor também foi influenciado pelo estoque de apartamentos disponíveis, que apesar de subir 17,64% no ano, fechou dezembro com apenas 2.974 unidades, patamar considerado baixo pelo segmento.
Embora o número de vendas tenha retraído, o resultado foi o segundo melhor registrado desde o início da série histórica em 2016. Para a economista do Sinduscon-MG, Ieda Vasconcelos, “poderia ter sido muito melhor, não fosse o fraco desempenho do segmento econômico”.
A categoria, que enquadra imóveis de até R$ 236,5 mil, registrou uma retração de 43,3%, passando de 2.066 apartamentos comercializados para 1.172.
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Por outro lado, o padrão standard, que inclui imóveis de R$ 236.501 até R$ 500 mil, teve um forte incremento de 63,8%, saltando de 1.504 apartamentos negociados para 2.463. O segmento, inclusive, foi o mais vendido de 2022, ao contrário de 2021, quando o destaque foi o padrão econômico. Esta troca também se deve às altas do custo da construção e do preço dos imóveis, levando empreendimentos econômicos a se enquadrarem em standard.
Por outro lado, os lançamentos bateram recorde no ano passado e pela primeira vez superaram as vendas. Ao todo, foram 5.482 unidades lançadas em 2022, um aumento de 12,36% em relação ao ano imediatamente anterior (4.879 unidades).
Uma das explicações é que os empresários podem ter antecipado as obras, visto que em fevereiro deste ano entrou em vigor o novo Plano Diretor de Belo Horizonte, regras que limitam construções nas áreas centrais da Capital.
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