Opinião

EDITORIAL | Agro mineiro: do café ao peixe

EDITORIAL | Agro mineiro: do café ao peixe
Crédito: Divulgação

Riqueza responsável por 22,6% do Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais, o agronegócio mineiro tem demonstrado toda sua pujança ao cravar mês a mês, desde março de 2020, exportações recordes. São 35 meses de embarques de produtos agrícolas e pecuários cada vez mais expressivos em volume e faturamento. O dado cravado: o setor encerrou 2022 com faturamento de US$ 15,29 bilhões. Com relação ao volume, foi o maior já embarcado: 13,6 milhões de toneladas de produtos.

E quando se pensa em agro mineiro, pensa-se em café, principal destaque da pauta de exportação e da produção nacional. Mas Minas é muito mais do que a cafeicultura. Há “todo um Brasil” dentro do Estado devido à diversidade de produtos por aqui.

Minas é líder na produção de café e de leite. Se o brasileiro adora tomar o seu cafezinho com leite de manhã, os produtores mineiros têm sua parcela de “culpa”. A produção leiteira está presente em 99% dos municípios, conforme o Sistema Faemg Senar (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais). Isso é muito importante para fixar o homem no campo e gerar renda. São produzidos no Estado aproximadamente 9,6 bilhões de litros de leite.

Há boas notícias também em grãos. No caso do milho, Minas ocupa hoje a 5ª posição entre os maiores produtores nacionais. Ainda há a soja e o trigo, que vêm ganhando espaço no campo com a valorização das commodities no mercado mundial. A Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento divulgou recentemente que os preços das commodities estão valorizados em cerca de 30% frente aos preços praticados no período de 2014/2016. Valorização que impulsiona o setor agropecuário mineiro.

E quem não conhece o ditado “o mar não está pra peixe”? Quem imaginaria que em Minas, ao contrário, “o tanque está pra peixe”! Em 2022, a piscicultura mineira cresceu mais que a média nacional – 11,46% contra apenas 2,3%. Os dados surpreendem e são do Anuário 2022, divulgado esta semana pela Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR). O Estado saltou para a 4ª colocação entre os maiores estados produtores do País. Nos últimos três anos, Minas saiu da 7ª posição, em 2020, para a 5ª em 2021 e, agora, para a 4ª.  Resultado, segundo a entidade nacional, dos investimentos feitos pela cadeia produtiva, a qual se difere de vários outros estados, sendo a maior parte dos empresários investidores de pequeno porte tanto na produção quanto na indústria.

A tilápia é o peixe “queridinho” por aqui cuja produção chegou a 51.700 toneladas.  Em seguida, estão os peixes nativos (2.200 toneladas) e outros – carpa, truta e panga, principalmente – com 800 toneladas.

Portanto, é bastante expressivo que no dia 25 de fevereiro tenha sido comemorado o Dia do Agronegócio, setor essencial para a segurança alimentar da população e para o desenvolvimento social e econômico.

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