Para entidades, revitalização vai dar vida nova ao ‘coração’ de BH

Tudo começou em 2010, ano em que foi anunciada a inauguração da Cidade Administrativa, no Vetor Norte de Belo Horizonte, e que o poder Executivo do Estado transferiu suas instalações da área Central da cidade para a nova sede. De lá pra cá, “o Hipercentro vive uma fase de decadência que se acentuou com a pandemia”. É com essas palavras que o presidente da Associação de Lojistas do Hipercentro de Belo Horizonte, Flávio Froes Assunção, resume os últimos anos da região que é considerada o coração da capital mineira.
O dirigente acredita que os efeitos do projeto de mobilidade urbana para a cidade, que também teve início em 2010, ganha novos capítulos com o Programa de Requalificação do Centro de Belo Horizonte, o “Centro de Todo Mundo”. O projeto anunciado nesta segunda-feira, é a grande aposta da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para as obras previstas para 2023.
O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas), José Anchieta da Silva, acredita que as intervenções urbanas previstas vão proporcionar novo ‘respiro’ ao Hipercentro. “A revitalização certamente chegou em boa hora. Acreditamos na seriedade da PBH e que a revitalização tende a trazer inúmeras melhorias para os lojistas, assim como também para toda a população”, avalia.
Anchieta afirma que o desejo pela revitalização é uma das principais prioridades da entidade, que há alguns anos, fez um pedido especial à Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH). “O projeto sugere o título de Centro Histórico de Belo Horizonte a tudo aquilo que está inserido na avenida Afonso Pena”, diz. Segundo o presidente da ACMinas, a justificativa é que o Hipercentro tem um peso histórico para a história e desenvolvimento da cidade e até de Minas Gerais.
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O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Marcelo de Souza e Silva, concorda que a revitalização pode estimular a atração de investimentos. “A revitalização do Centro de Belo Horizonte é fundamental para a valorização da cultura, do lazer e também dos negócios. A região é o berço do setor de comércio e serviços da capital mineira. Ela carrega muita história e possui uma alta relevância. Revitalizar o Centro vai potencializar o comércio, atrair mais empresas para a região, promover a circulação de consumidores e, assim, impulsionar o turismo de lazer, cultural e de negócios”, defende.
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Para ele, a expectativas é que o projeto da prefeitura, elaborado com a participação da sociedade civil organizada, potencialize a economia local e seja fonte de atração de investimentos. O mesmo esperado pelo presidente da Associação de Lojistas do Hipercentro. “As coisas estão ainda em fase inicial. Não sabemos ao certo o que será feito na avenida Afonso Pena, mas creio que a revitalização vá trazer benefícios ao comércio”, adianta.
Assunção, no entanto, faz um apelo para que PBH consulte a entidade nas tomadas de decisões. Para ele, o diálogo entre as partes pode resultar em boas soluções para o projeto de revitalização. “A Prefeitura de Belo Horizonte tem que se comprometer a chamar a gente para consultas. Não se pode repetir o que aconteceu na época das obras do Move. Queremos melhorias para o Hipercentro. São demandas muito bem-vindas e precisamos dessas melhorias”, conclui.
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