Com 700 mil usuários, Radar Fit registra uma expansão de 850%

Presente em 17 países do continente americano, o aplicativo mineiro Radar Fit nasceu em 2018 com o propósito de ajudar as pessoas a saírem do sedentarismo e cuidarem da saúde de uma maneira descomplicada e que atendesse às metas e perfil de cada um. A escolha certeira foi o uso da inteligência artificial (IA) e da gamificação para vencer a inércia inicial e perda de engajamento com a demora comum dos primeiros resultados.

Tudo isso levou as amigas e empreendedoras que criaram o app – Jade Utsch, Taty Mesquita e Jennifer de Faria – a superarem o medo de encerrar o negócio quando a pandemia chegou, aos impressionantes 850% de crescimento entre 2022 e o ano anterior e atingir marca de 700 mil usuários.

“Esse resultado foi construído ao longo de muito tempo, crescemos suando sangue. Entendo que é natural da estratégia de usar a tecnologia, escalar o negócio. Começamos no início de 2019 com outro modelo. 2020 foi muito difícil e em 2021 eu achava que íamos quebrar. E 2022 foi o ano mais importante pra gente. Conseguimos surfar na onda dos encontros virtuais. Se antes tínhamos que viajar muito para vender a nossa solução, as reuniões remotas nos ajudaram a diminuir o custo. Ao mesmo tempo, a curva de aprendizado sobre a importância da saúde foi achatada em todo o mundo e as pessoas passaram a valorizar a nossa solução muito mais do que antes. A tecnologia da praticidade foi assumida pela população em geral. Somos uma empresa de tecnologia de saúde e de game. Unimos essas tecnologias para criar um aplicativo para ajudar as pessoas a terem uma vida saudável e hoje atendemos pessoas físicas e jurídicas”, explica Jade Utsch.

O game passou por várias atualizações nos últimos anos e hoje os usuários podem criar seus avatares em 3D e têm acesso a uma rotina de hábitos saudáveis personalizada, baseados no objetivo (emagrecer, fortalecer ou manter hábitos saudáveis) e no perfil do usuário (idade, altura, peso e gênero) com uso de Inteligência Artificial. A tecnologia também possui um reconhecimento de imagem para validação de hábitos saudáveis dos usuários.

“Baseada no perfil informado, a IA personaliza a rotina de alimentação, treinos guiados por vídeos e técnicas de meditação em formato de missões. E, ao cumprir, o usuário ganha moedas virtuais para resgatar ou doar. Além disso, dentro do aplicativo, existe uma rede social de saúde, onde a pessoa cria o seu avatar e pode interagir com outros usuários. A gamificação automatiza o hábito. E depois vem um prazer porque tem efeito. Corpo não se compra, se constrói. As empresas de saúde que já existiam não olhavam a experiência do usuário. A IA busca o resultado e também o prazer de quem se dedica”, pontua.

O próximo passo será interconectar o aplicativo às academias, deliverys de alimentação saudável e lojas de roupa fitness. Outras implementações de usabilidade e funcionalidade do game já estão previstas para 2023, junto com investimento em capital humano.

“Entendemos que as pessoas são o nosso maior capital, independentemente de onde elas estejam na nossa cadeia produtiva. Um momento importante na nossa história foi quando entendemos que precisamos de diversidade na empresa de uma forma ampla, inclusive na questão etária. Ter pessoas de diferentes gerações nos fez amadurecer. Queremos sempre trazer pessoas melhores que a gente para expandir o olhar. Sozinho ou cercado apenas de pessoas muito parecidas, ninguém vê tudo”, completa a sócia da Radar Fit.