Metroviários de BH podem retomar greve na 6ª caso proposta seja desfavorável

Após um mês sem operar, a frota de 35 trens do sistema de transporte metroferroviário de Belo Horizonte voltou a circular pelos trilhos. Todas as estações foram reabertas às 5h15 desta segunda-feira, 20 de março. No entanto, apesar de o serviço ter sido reestabelecido em Belo Horizonte e Contagem, a decisão, inicialmente, é válida somente até esta sexta-feira (24).

A possibilidade de uma nova suspensão do funcionamento do metrô pode se concretizar caso o governo federal não apresente, nesta semana, uma proposta favorável sobre o futuro dos metroviários. A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindimetro-MG).

“Teremos uma assembleia nesta sexta-feira, 24 de março, às 17 horas. Nesta assembleia, serão colocados em pauta todos os prós e contras. Os trabalhadores vão falar e teremos várias intervenções. A partir daí, vamos decidir se, de fato, volta a greve”, explica o presidente em exercício da entidade, Daniel Glória Carvalho.

“A decisão de voltarmos às atividades se deu pelo reconhecimento de todo o esforço do Ministério Público e da Procuradoria Geral do Trabalho em manter os empregos dos servidores”, acrescenta Daniel Carvalho.

Leia mais: Metrô de Belo Horizonte volta a operar nesta segunda-feira

Com o adiamento da assinatura do contrato de concessão do equipamento por causa de pendências junto ao BNDES, uma mediação prevista para ocorrer foi suspensa. Desta forma, o MPT deu o prazo até o dia 24 de março para a manifestação dos órgãos do governo federal. Até esta data, as pastas precisam se posicionar com relação ao adiamento ou apresentação de proposta para os empregados. Dentre os órgãos federais responsáveis pela elaboração das propostas está o Ministério das Cidades e o Ministério da Casa Civil.

Deputados da ALMG vão analisar privatização do metrô

Para debater o processo licitatório do metrô de Belo Horizonte, realizado no ano passado por meio de leilão do BNDES, uma audiência foi agendada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Para o momento, o Sindimetro-MG está movimentando os metroviários e a população nas redes sociais. A entidade pede que a população e a classe trabalhista acompanhem o debate.