Metrô de BH entra em greve na próxima terça-feira (28)

O metrô da capital mineira retoma, na próxima terça-feira, dia 28 de março, o movimento grevista em Belo Horizonte e em Contagem. A suspensão das atividades, de forma integral, terá início às 0h, sem previsão de retorno. A decisão foi tomada nesta sexta-feira após Assembleia de trabalhadores, que começou às 18h30 e finalizou por volta das 21h, na estação Central na capital mineira.
Segundo o Sindimetro-MG, por entenderem que são funcionários públicos concursados e não podem ser transferidos para uma empresa privada, a decisão final foi parar os trilhos mais uma vez.
Para a semana que vem, a diretoria da entidade buscará interferência do Ministério Público do Trabalho e do Ministério do Trabalho e Emprego. O integrante da diretoria do Sindimetro-MG Daniel Glória explica que, para o próximo dia 3 de abril, os dirigentes e apoiadores também irão a Brasília para uma intervenção. “Temos uma reunião agendada e vamos nos reunir com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho”, revela.
Na pauta, ele considera como necessidade expor toda a dificuldade e luta dos metroviários para manter os empregos e garantir a estabilidade de suas funções, além de pedir apoio ao mandatário da pasta.

“Nós não somos funcionários da Comporte. Nós não fizemos processo seletivo para a Comporte. Nós não trabalhamos para eles. A gente só quer ter a certeza de que nosso trabalho será mantido e os nossos direitos respeitados. Nós vamos lutar, nem que seja para destruir o sindicato e mesmo que seja preciso usar até o último centavo do sindicato”, afirmou Daniel Glória.
Consternada com a recente assinatura do contrato de privatização do metrô, a presidente da entidade, Alda Fernandes, afirmou que jamais acreditava que o dia da assinatura poderia chegar tão inesperadamente, ao contrário do que era previsto pelos trâmites junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
“Eu acreditei no Lula. Fizemos campanha e participamos de várias coisas junto aos outros companheiros para que ele fosse eleito. Porém, foi isso que ele nos deu. Na realidade, é uma traição com a sua categoria de trabalhadores metroferroviários. Não queria estar dizendo isso, mas é realidade”, lamentou a dirigente do sindicato.
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