Após retomar atividades, Minascentro já gera 500 empregos por evento

A pouco mais de um mês para completar um ano de retomada das atividades, o Minascentro, localizado no coração de Belo Horizonte, tem alavancado a economia local e movimentado toda a cadeia com o crescimento de eventos corporativos, culturais e sociais, ampliando a geração de empregos e renda para os belo-horizontinos.
Com a concessão à iniciativa privada feita pela Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), o governo de Minas deixou de gastar R$ 1,5 milhão por ano para manter a estrutura em funcionamento e ainda recebe como royalties, também anuais, R$ 4 milhões pagos pelo consórcio Chevals/Perfil, que venceu o certame entre os sete licitantes. A remuneração total do contrato, que tem vigência inicial de 15 anos, será de R$ 61,5 milhões.
O Minascentro ficou fechado por quatros anos, a partir de janeiro de 2018, e consumiu R$ 30 milhões em obras de reforma, recursos oriundos da Codemge. A licitação do espaço ocorreu em dezembro de 2019 e a homologação do processo se deu em janeiro de 2020. No entanto, a gestão do centro de eventos só passou efetivamente para o consórcio Chevals/Perfil em 2021, ocorrendo oficialmente a reabertura em maio do ano passado.
A projeção, para este ano, conforme análise da gestão do espaço, é que o número de eventos no Minascentro cresça mais de 66% em relação a 2022.
“Agora, em 2023, temos uma vantagem muito grande, porque o grande mercado já sabe que o Minascentro está funcionando. Devemos ter, hoje, 65% do espaço ocupado. Já estamos com reserva inclusive para 2025. Então, a pespectiva é muito boa. No ano passado, 400 mil pessoas passaram pelo Minascentro e, neste ano, a pespectiva é de pelo menos 600 mil pessoas. Em 2022, fizemos 60 eventos e, neste ano, devemos fazer na faixa de 100”, conta Rômulo Rodrigues Rocha, gestor do Minascentro, representante do Chevals/Perfil.
Além dos empregos gerados nos segmentos de bares, restaurantes e hotéis no entorno do equipamento, cada evento realizado no Minascentro garante a geração de 50 a 500 empregos.
“O setor de eventos é sazonal. Hoje, o Minascentro emprega 30 pessoas nas áreas comercial, operacional, financeira e administrativa mas, para cada evento, movimenta 200, 300, 500 pessoas. Quando tem evento, é aquele mundo de gente, a cadeia toda movimenta”, lembra Rômulo Rocha. Segundo ele, quando há um congresso médico, por exemplo, que reúne cerca de 2 mil pessoas, há um movimento em toda a cadeia. “O entorno do Minascentro ficou muito revitalizado em função dessa movimentação, tanto de eventos locais quanto de fora”, afirma.
Para este ano, já estão previstos shows com os comediantes Igor Guimarães e Thiago Ventura, dos cantores Nando Reis e Sidney Magal, a Feira de Malhas e Tricô do Sul de Minas, as duas edições do Minas Trend, além da presença do filosofo, educador e escritor Mario Sérgio Cortella e da maior feira mística do Brasil, a Mistic Fair, entre outros.
Novos projetos
Rômulo Rocha conta que, em 4 e 5/6, o Minascentro irá promover uma corrida para 5 mil pessoas, junto ao Mercado Central, para contribuir na revitalização do hipercentro.
“Na Praça da Liberdade, foi feito um trabalho belíssimo e virou um espaço de visitação bastante adequado. A gente pretende, ao longo dos anos, também fazer isso aqui no centro. Já fizemos várias reuniões com o poder público, tanto sobre o aspecto social quanto de segurança, para tratar o hipercentro de maneira que ele possa receber o turista de forma segura e agradável”, conta, lembrando também que há um projeto que ele está chamando de 3Ms, que inclui o Minascentro, o Mercado Central e o Mercado Novo, para que haja uma divulgação desses espaços por cada um deles.
O Minascentro está tentando viabilizar também, no segundo semestre deste ano, o projeto chamado Palco de Graça, destinado a promover apresentações de grupos de dança e cantores da periferia. Eles terão, sem nenhum custo, acesso aos palcos do equipamento.
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