Fiemg Lab conecta indústria brasileira com startups do Japão, Singapura e Israel

Quais inovações e soluções para o setor produtivo estão sendo desenvolvidas no exterior? Essas novas tecnologias têm sinergia com as demandas e dores das indústrias brasileiras? Para responder essas e outras questões, startups do Japão, Singapura e Israel se sentaram, frente a frente, com grandes empresas mineiras, para momentos de conexão e rodadas de negócios no ScaleUp inBrazil.
O programa, que tem o objetivo de atrair empresas internacionais de tecnologia para investimentos em território brasileiro, está promovendo momentos de matchmaking com instituições e iniciativas mineiras, como o Fiemg Lab. Os representantes das startups foram recebidos na sede do hub de inovação e, na programação do evento, ocorreu a prospecção de novos negócios e muitas conexões com indústrias que têm operações em Minas Gerais.
Bruna Silva é a coordenadora do Fiemg Lab e destaca que o ScaleUp inBrazil promoveu 18 conexões entre startups do Japão, Singapura e Israel. “O Fiemg Lab é um hub de inovação aberta que quer conectar startups e indústria. Estamos dando um passo a mais ao extrapolar nossas fronteiras e trazer soluções de países reconhecidos por seus ecossistemas de inovação”, afirma Silva, pontuando que a ação irá fazer com que o setor produtivo de Minas Gerais seja ainda mais forte e competitivo.
Umas das empresas participantes das rodadas de conexões do ScaleUp inBrazil foi a Anglo American e Urias de Castro, analista de inovação, reforça a importância de iniciativas como essa. “No ecossistema de inovação aberta, o acesso ao que está sendo pensado e desenvolvido fora do Brasil é essencial. Trazer as melhores tecnologias desenvolvidas no mundo é fundamental para a competitividade de qualquer empreendimento”, pontua Castro. “É muito bacana conhecer iniciativas que, às vezes, estão em nível diferente de maturação dos processos que estão sendo desenvolvidos em território nacional”, ressaltou.
Também participaram do evento as empresas Usiminas, Stellantis e MRS Logística e as startups japonesas Sagri (agtech), Credit Engine (fintech), Melody (healthtech), Dreamstock (sportstech), as israelenses IOSight (cleantech/energy), Cyrebro (cybersecurity), Propdo (proptech) e Corsight AI (artificial intelligence). Singapura foi representada pela Graymatics, especializada em video analytics.
A israelense Corsight Al tem foco em reconhecimento facial e seu principal diferencial é ter seu trabalho baseado na ética, seguindo as bases da ESG. “É a tecnologia e a força do bem sendo utilizadas para o controle do acesso físico de pessoas nas plantas industriais, evitando o roubo de equipamentos, produtos e cargas”, afirma Geraldo Sanga, diretor comercial da Corsight Al em São Paulo.
“Nossa solução consegue criar uma zona de exclusão estéreo em torno destes materiais sensíveis e apenas pessoas autorizadas podem estar no campo de visão da câmera. Se qualquer outro indivíduo é detectado, um alarme é disparado”, explica, afirmando que essa técnica traz mais segurança para as empresas. “O público mineiro é grande e carente deste tipo de tecnologia. Programas como o ScaleUp inBrazil promovem o encontro dos atores deste ecossistema e a geração de conexões que podem ser frutíferas”, comenta, certo da possibilidade de bons negócios.
O ScaleUp inBrazil é uma iniciativa da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), em parceria com a Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP). O evento contou com a parceria do Fiemg Lab na realização das conexões entre as startups estrangeiras com as empresas mineiras.
“O programa busca trazer, de forma customizada, as ferramentas necessárias para que a empresa estrangeira possa garantir, de forma mais assertiva e segura, seu processo de entrada no mercado brasileiro. Contar com parceiros estratégicos, como o Fiemg Lab, tornam o programa cada vez mais robusto, trazendo uma capilaridade de oportunidades de negócios”, afirma Sérgio Rossi, analista de Investimentos e gestor do projeto pela Apex Brasil. “O programa segue um rumo positivo para continuar garantindo novas tecnologias de ponta, geração de emprego e renda para o Brasil”, pontua Rossi.
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