Fugini faz recall de maionese após falhas graves em fábrica

São Paulo – A Fugini anunciou, nesta quinta-feira, um recall dos lotes de maionese após uma vistoria da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) constatar a presença de urucum vencido na fabricação do produto.
A Folha de S.Paulo confirmou junto à empresa que o recall está sendo feito em todos os lotes de maionese fabricados entre 1º de janeiro e 21 de março de 2023 e nos lotes com numeração iniciada por 354, fabricados entre 20 e 31 de dezembro de 2022. A validade dos lotes vai de dezembro de 2023 a março de 2024.
Em comunicado, a Fugini afirmou que houve um “erro operacional” e foi adicionado urucum vencido. O ingrediente representa 0,003% da formulação e não representa perigo à saúde, segundo a empresa. Em seu site oficial, a Fugini diz vender maionese em cinco tipos diferentes de embalagens, de 180 gramas a 1,7 kg.
O serviço de atendimento ao cliente recomendou aos consumidores que enviem fotos do produto que estejam visíveis a numeração do lote e a data de fabricação e de validade.
Caso o cliente não queira a troca do produto, a devolução do dinheiro será feita por transferência bancária ou via Pix, meio pelo qual a empresa solicita que seja enviada a chave para a transferência do valor. O cliente pode procurar o SAC por e-mail ([email protected]), telefone (0800 702 4337) e perfis no Facebook e Instagram ou preencher o formulário no site da empresa.
Na segunda-feira (27), a Anvisa anunciou a suspensão da fabricação, comercialização, distribuição e uso de todos os alimentos da marca Fugini. A decisão foi tomada após vistoria sanitária na fábrica da empresa em Monte Alto (SP).
A medida é válida apenas para os produtos em estoque e foi tomada preventivamente. Segundo a agência, a vistoria constatou “falhas graves de boas práticas de fabricação relacionadas à higiene, controle de qualidade e segurança das matérias-primas, controle de pragas e rastreabilidade” que podem impactar na “qualidade e segurança do produto final”.
A suspensão será válida até a empresa adequar o processo de fabricação às boas práticas, que abrangem desde as condições físicas, higiênicas e sanitárias das instalações da empresa até o controle da qualidade das matérias-primas e do produto final, passando pelo controle de pragas, transporte e armazenamento.
A Anvisa recomendou que consumidores e comércios que tiverem os lotes de maionese não utilizem o produto e entrem em contato com a empresa. (Fernando Narazaki)
Ouça a rádio de Minas