Para Haddad, queda de juros será consequência de arcabouço fiscal e reforma tributária

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira que a queda da taxa de juros será consequência do novo arcabouço fiscal anunciado na semana passada e da reforma tributária que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer aprovar no Congresso Nacional.
“Pega o nosso cronograma desse ano: arcabouço fiscal, que é esse ajuste das contas; reforma tributária, para serem mais justos os tributos no Brasil; e queda dos juros, que é uma consequência lógica dessas medidas”, disse Haddad em entrevista à BandNews TV.
A taxa Selic, atualmente em 13,75%, tem sido alvo constante de críticas do governo, que diz que os juros altos minam o crescimento e a oferta de crédito.
O ministro afirmou que está havendo uma “convergência” entre as políticas fiscal e monetária, e chamou a atenção para elogios do Banco Central aos planos do governo em relação às contas públicas. Na véspera, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que o que foi anunciado até o momento sobre o arcabouço fiscal ameniza preocupações com uma trajetória mais explosiva da dívida pública.
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“Se o Congresso e o Judiciário nos derem sustentação para esse plano (fiscal), eu não tenho a menor dúvida de que o Brasil entra em 2024 em uma rota de crescimento sustentável com justiça social”, afirmou Haddad.
Na entrevista, o ministro voltou a dizer que a intenção do governo com a reforma tributária é recompor a capacidade de investimento do país e afirmou que aqueles que não pagam imposto têm que arcar com a conta do ajuste fiscal do Brasil.
Haddad também comentou o resultado de uma emissão de títulos feita pelo Tesouro Nacional no exterior na quarta-feira, que, segundo ele, indica que há apetite do investidor estrangeiro no Brasil e uma visão externa de que o país está no caminho correto.
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