Cisne Negro Cia. de Dança retorna à Capital

No mês em que completa 46 anos, a Cisne Negro Cia. de Dança (SP) – que já passou por 17 países, apresentando-se para mais 3 milhões de espectadores – chega ao Sesc Palladium com dois trabalhos de seu repertório, inéditos na Capital, . Hoje, a partir das 21h, o público assiste a “Lampejos: uma degustação visual”, montagem recente da companhia inspirada na tradição do Butoh. E amanhã, às 18h, será a vez de “Goitá”, espetáculo que reverencia o mamulengo pernambucano. Ambos têm direção da bailarina Dany Bittencourt. Os ingressos custam a partir de R$ 40 no Sympla ou na bilheteria do teatro.
“A última vez que viemos a BH foi com o espetáculo Hulda, em comemoração aos 40 anos da Cisne Negro. Agora, trazemos duas opções bem diferentes de nosso repertório ao querido público mineiro”, conta a bailarina e coreógrafa Dany Bittecourt que, desde 2012, assumiu a direção da companhia criada pela mãe, Hulda Bittencourt. Trabalho mais recente da companhia, “Lampejos – uma degustação visual” (2022) bebe na tradição do Ohno Kazuo’s Butoh. Mesclando dança contemporânea e Butoh, a coreógrafa Andressa Miyazato constrói com lampejos de memórias construídas em sua vida profissional e pessoal cenas que brincam com a ideia de temporalidade e com o conceito de linearidade.
Durante 40 minutos, “o público se depara com uma conexão visual e sensorial enorme”, adianta Bittencourt. Ela acrescenta que a coreografia foi concebida de forma inusitada: o premiado músico Jean Jacques Lemêtre (Thêatre du Soleil) utilizou diferentes instrumentos musicais para cada movimento dos bailarinos.“O resultado é uma coreografia recheada de memórias afetivas e reflexões da coreógrafa Adressa Miyasato sobre estes intensos lampejos de memórias construídas em sua vida profissional”, revela.
Já “Goitá” (2019) experimenta em cena a dança contemporânea da Cisne Negro aliada à linguagem e técnicas de manipulação do teatro popular de bonecos da premiada Pia Fraus (SP). “O nome da montagem é inspirado na pequena cidade de Glória de Goitá, localizada a 60 km de Recife, considerada hoje a capital do mamulengo em Pernambuco”, conta a diretora.
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