Empresários precisarão de desprendimento material

O ano de 2022 foi marcado por altos e baixos para diversos setores da economia brasileira. Com a alta inflacionária e o poder de compra reduzido, a rentabilidade das famílias foi impactada, prejudicando diretamente na compra de produtos essenciais. Hoje, os alimentos e as bebidas são os principais responsáveis pela pressão. Já as empresas de turismo registraram recordes históricos no primeiro ano pós-pandemia. O cenário incerto aumenta a preocupação dos empresários que questionam: o que esperar de 2023?

Em termos macroeconômicos, a inflação não deve apresentar melhora. Por outro lado, a taxa básica de juros deve encerrar o ano em 12,25%, representando um alívio considerável em relação aos 13,75% de hoje. Dados do relatório Focus, divulgado em janeiro deste ano pelo Banco Central, apontam que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar os 12 meses em 5,36%, alinhado com os 5,6% estimados para 2022.

Em busca de melhores resultados, empresários utilizam de soluções criativas e estratégicas para atrair e reter clientes, com a intenção de encerrar o ano no saldo positivo, em meio a instabilidade econômica. Alex Araujo, empresário e CEO da 4Life Prime Saúde Ocupacional, explica que independente do cenário, os gestores não devem perder a calma e tomar decisões precipitadas.

“É preciso analisar a situação por completo e verificar quais pontos devem ser melhorados para que a companhia consiga transformar os seus resultados e a sua produtividade no decorrer do trabalho. Identificar as principais estratégias a serem adotadas e transmitir confiança e segurança para os seus colaboradores é o primeiro passo para toda e qualquer situação de crise”, explica Araujo.

No auge da pandemia, a 4Life Prime importou 18 contêineres de testes de Covid-19 para atender a demanda do setor da saúde. Alex Araujo chegou a abrir mão de imóveis para gerar recursos financeiros. “Às vezes, é preciso ter desprendimento material para alcançar objetivos. E eu alcancei”, afirma.

Em 2022, a companhia faturou, em média, R$ 18 milhões por mês, com projeção para 115% de crescimento até 2024. Pensando nisso, o empresário separou três práticas que devem estar no radar dos novos empresários para o aumento de resultados:

1 – Mapeamento dos processos: O mapeamento de processos é a base para a sua melhoria. É nesse ponto que são identificados os processos com melhores e piores resultados, por meio da listagem de todas as atividades empresariais. O objetivo é reduzir gastos e redirecionar valores para produtos e serviços com um maior retorno.

2 – Abandone hábitos ineficientes: Hábitos ineficientes são todas as atividades que não agregam, mas que são mantidas por trazerem segurança. Reavalie as atividades exercidas em todos os pilares da companhia e otimize o tempo dos seus colaboradores.

3 – Motive o seu colaborador: Manter os funcionários engajados é um dos passos mais importantes para a mudança de rumo. No momento que você mostra para o seu colaborador que o seu trabalho está sendo reconhecido, por meio de benefícios e reajustes salariais, sua relação com a empresa muda. A partir desse momento ele sabe que está sendo valorizado e busca cada vez mais ingressar na cultura organizacional da empresa.