Agronegócio

Agronegócio mineiro ganha dois APLs inéditos

Estado certifica arranjos produtivos da bovinocultura leiteira, em Leopoldina, e do queijo Minas, em JF e região
Agronegócio mineiro ganha dois APLs inéditos
Crédito: Divulgação/Seapa

Cidades da Zona da Mata mineira receberam do governo do Estado dois certificados Arranjo Produtivo Local (APL) inéditos. Uma delas é Leopoldina, reconhecida como arranjo produtivo de bovinocultura de leite. Outra é Juiz de Fora (abrangendo mais seis municípios vizinhos) onde o certificado foi para a produção de queijos artesanais. Esses são os primeiros APLs para essas duas atividades concedidos em Minas Gerais.

Os APLs são grupos de empresas e produtores de uma região que atuam na mesma especialidade produtiva. O reconhecimento e formalização de um APL, facilita a cooperação entre os envolvidos, possibilita novos mercados, a comercialização de produtos com maior valor agregado e melhores opções de captação de recursos.

Entrega do certificado do APL do Queijo Minas ocorreu na quinta-feira, em Juiz de Fora | Crédito: Divulgação/Prefeitura de Juiz de Fora

O Arranjo Produtivo Local do Queijo Minas Caminho Novo, além de Juiz de Fora, inclui produtores de Belmiro Braga, Matias Barbosa, Mercês, Santana do Deserto, Simão Pereira e Santos Dumont.

Segundo a Prefeitura de Juiz de Fora, a entrega do certificado ocorreu na quinta-feira (13). A produtora rural Nathalie de Souza Ferreira, representando todos os integrantes do APL, recebeu o certificado das mãos do diretor de Projetos de Desenvolvimento Local da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), Marco Antônio Mendonça Gaspar e da prefeita da cidade, Margarida Salomão.

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“Nós estamos trabalhando há algum tempo para que isso tudo acontecesse e agora queremos, ainda mais fortalecer este APL com ações concretas para o desenvolvimento dos produtores e para a valorização dos nossos queijos”, disse Nathalie na cerimônia.

Para a prefeita de Juiz de Fora, os queijos da região ganharão novos mercados. “Estamos dando a uma cultura tradicional, que é o queijo pelo qual somos muito conhecidos, uma nova aura, que é a da gourmetização, de lidar com o produto no circuito turístico, o que aumenta o valor agregado e incorpora mais pessoas nessa rede da produção e do trabalho. Isso possibilita o sucesso desses produtos no Brasil e no mundo”, disse Margarida Salomão.

Em Leopoldina, entrega do documento aconteceu na quarta-feira, durante uma exposição | Crédito: Divulgação/Faemg

Reconhecimento

Em Leopoldina, a entrega foi feita na quarta-feira (12), durante a Exposição Interestadual de Girolando. Marco Antônio Gaspar e o subsecretário de Estado de Desenvolvimento Regional, Lucas Pitta, entregaram o documento ao presidente do Sindicato Rural de Leopoldina, Salviano Junqueira Ferraz.

Pitta ressaltou a importância da bacia leiteira da Zona da Mata para o Estado e sua capacidade de melhorar a qualidade de vida das pessoas. “O melhor projeto social que podemos ter é a geração de emprego e renda. Com dinheiro, a pessoa tem opção do que vai consumir, onde vai investir e como vai escolher viver”, disse.

Conforme o documento de Leopoldina, “o governo do Estado de Minas Gerais, por meio da Política de apoio aos Arranjos Produtivos Locais, concede o título de reconhecimento como Arranjo Produtivo Local conforme a Resolução SEEDIF 21/2018, nos termos da Lei nº 16.296/2006 e do Decreto nº 48.139/2021 ao: APL de Bovinocultura de Leite da Zona da Mata”.

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Sistema Faemg/Senar), sindicatos locais, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater) e a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais colaboraram com o processo das certificações nas regiões envolvidas.

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