Boa Vista fecha acordo com Federaminas para oferta de crédito

A administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), a empresa Boa Vista, anunciou esta semana uma parceria com a Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado de Minas Gerais (Federaminas). O contrato prevê a ampliação de soluções que dão acesso a crédito para associações comerciais do Estado.
A iniciativa surge após a Boa Vista identificar um crescimento de 4,7% no registro de associações inadimplentes no ano de 2022.
Dentre os serviços que serão oferecidos está a análise de crédito, a prospecção de concessão, gerenciamento de carteira e recuperação de crédito. Produtos como antifraude para e-commerces e pagamentos digitais também estão previstos pela empresa de crédito.
O diretor comercial de Rede & Canais Massivos da Boa Vista, Alexandre Kanbach, ressalta que, em primeira instância, cerca de 40 associações comerciais, dentre elas, empresariais e industriais de Minas Gerais já passam a contar com os serviços.
“A nossa expectativa é de que entidades de mais municípios de Minas Gerais ingressem no decorrer dos próximos meses”, diz Alexandre. “Os associados da Federaminas terão acesso a estas soluções de análise de crédito a partir de uma das bases de dados mais robustas do País, com preços muito competitivos”, pontua.
O presidente da Federaminas, Valmir Rodrigues, descreve a parceria como uma boa oportunidade de benefício ao associado. “A Boa Vista irá integrar o hub de negócios da Federaminas, que tem o foco em contribuir para o desenvolvimento das micro e pequenas empresas. Queremos contribuir com a melhoria do ambiente de negócios e com o fomento do associativismo em Minas Gerais”.
Inadimplência já era esperada em 2022, diz especialista
O economista da Boa Vista, Flávio Calife, avalia que o aumento de 4,7% de registros de inadimplência não seria nenhuma surpresa dado o atual momento do cenário econômico delicado para o consumidor.
“Como é esperado mais um ano de inflação e juros altos, a capacidade de pagamento delas tende a permanecer comprometida. Claro que isso pode vir a mudar, temporariamente, por conta de fatores que são exógenos. O programa de renegociação de dívidas que está sendo proposto pelo novo governo seria um deles, mas isso não resolve o problema, como as postergações em 2020 não resolveram”, afirma. “Na época, a inadimplência caiu para níveis historicamente baixos, mas depois subiu e hoje está em patamares mais elevados do que antes”, finaliza o economista.
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