Finanças

Títulos do Tesouro Direto podem ser usados como garantia para financiamento

Títulos do Tesouro Direto podem ser usados como garantia para financiamento
Portaria divulgada pelo Ministério da Fazenda, no dia 30 de junho deste ano, estabeleceu que não haverá cobrança do imposto de importação para compras de até US$ 50 | Crédito: Reuters/Adriano Machado

Brasília – O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou ontem que o governo estuda permitir que investidores do programa Tesouro Direto usem títulos públicos como garantias em financiamentos bancários e em operações de locação de imóveis.

Segundo ele, o governo trabalha em duas “grandes frentes” ligadas ao Tesouro Direto, programa voltado para as pessoas físicas. Na primeira delas, o governo prevê para julho o lançamento de um produto voltado para a área educacional. “A aposta é que o produto seja uma grande referência de poupança das famílias para o ciclo universitário, o ciclo educacional”, comentou Ceron.

O segundo produto, ainda sem data de lançamento, é voltado para garantias de crédito e para o mercado de seguros, por meio da utilização da plataforma do Tesouro Direto.

Ceron lembrou que o governo lançou recentemente o RendA+, uma opção de investimento via Tesouro Direto com foco na aposentadoria. Agora, a intenção é utilizar o Tesouro Direto como uma possibilidade de garantia em algumas operações.

“Você faz, por exemplo, o RendA+ para a sua aposentadoria, mas você também pode dar ele (investimento no Tesouro) em garantia para o seu automóvel. Você dá mais segurança para a instituição, e com isso você consegue taxas de juros menores para o financiamento”, exemplificou.

Há ainda a intenção de que o Tesouro Direto seja utilizado no mercado de aluguel de residências no Brasil.

“Às vezes, você tem que depositar três alugueis para o locador, ou precisa ir atrás de um fiador”, citou Ceron, sobre a atual dinâmica de garantias em locações de imóveis no Brasil.

“Você pode fazer um investimento no Tesouro Direto e fazer um instrumento de garantia, reduzindo o custo. O seguro de aluguel hoje é caro, de repente pode baratear”, acrescentou.

Enquanto o produto para o ciclo educacional deve ser lançado em julho, as iniciativas nas áreas de crédito e seguro ainda não têm data marcada. Ceron afirmou que a intenção é lançá-las “em breve”.

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