Crédito rural para Minas cresce 32% na safra 2022/23

Nos primeiros nove meses da safra 2022/23, foram liberados R$ 36,57 bilhões de crédito rural para os produtores rurais de Minas Gerais. O valor desembolsado ficou 32% maior que o aplicado no mesmo período da safra passada. No intervalo, o Estado respondeu por 13% da demanda nacional, que já soma R$ 271,45 bilhões e está 23% maior. Em Minas Gerais, a linha de custeio foi a mais demandada no período.
De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), entre julho de 2022 e março de 2023, foram aprovados 180.679 contratos, mostrando uma demanda 5% superior.
Do total de recursos destinados a Minas Gerais – R$ 36,57 bilhões – a maior parte -, R$ 25,22 bilhões foram destinados para a agricultura, um aumento de 34% se comparado com o mesmo período anterior. Para a pecuária, o crédito liberado já soma R$ 11,35 bilhões e está 29% maior.
Das linhas do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2022/23, a maior demanda é pela de custeio. O recurso é usado pelos produtores rurais para cobrir as despesas normais dos ciclos produtivos.
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Até o nono mês da safra, foram liberados para o Estado R$ 22,12 bilhões em crédito para o custeio da produção agrícola e pecuária, valor que supera em 56% os desembolsos feitos em igual período anterior, quando os desembolsos chegaram a R$ 14,14 bilhões. No intervalo, a aprovação de contratos – 91.479 – ficou 22% maior.
Na linha de custeio, para a agricultura, foi verificada elevação de 63% na demanda pelos recursos, elevando os desembolsos para R$ 14,03 bilhões. A liberação de contratos aumentou 26%, chegando a 49.589 aprovações.
Março
Considerando somente março, o café foi a cultura que mais buscou pelo crédito, R$ 233,64 milhões, em seguida veio a soja, com as liberações chegando a R$ 230,70 milhões; alho, com R$ 76,35 milhões; milho, R$ 51,59 milhões, e feijão, com desembolso de R$ 41,10 milhões.
Os recursos da linha de custeio para a pecuária mineira subiram 47% e chegaram ao montante de R$ 8,1 bilhões. Foram aprovados, até final de março, 41.890 contratos, superando em 18% os 35.370 liberados em igual intervalo da safra anterior.
A maior parte do crédito da linha de custeio da pecuária foi para a produção de bovinos, com desembolso de R$ 754,25 milhões. Para suínos foram liberados R$ 25,5 milhões e a avicultura ficou com R$ 24,01 milhões.
Outra linha que está com demanda maior é a de investimentos. De julho de 2022 a março de 2023, foram destinados ao Estado R$ 8,12 bilhões, valor que ficou 5% maior que os R$ 7,74 bilhões registrados em igual intervalo da safra passada.
Entre os setores, a agricultura ficou com a maior parte do crédito para investimentos. Já foram liberados para o setor R$ 5,46 bilhões, aumento de 10%. Foram firmados 38.347, alta de 7%.
Já para a pecuária, foram desembolsados R$ 2,66 bilhões para investimentos, o que representa uma queda de 4%. Ao todo, foram 48.103 contratos aprovados, 19% a menos.
Comercialização
Em Minas Gerais, para a comercialização das safras, a demanda cresceu 3%. Nos nove primeiros meses do ano safra, foram desembolsados R$ 4,55 bilhões. No intervalo, o setor da agricultura demandou R$ 4,36 bilhões da linha, aumento de 5%. O número de contratos ficou 45% maior e somou 2.296 unidades aprovadas.
No mesmo período, os recursos voltados para a comercialização dos produtos pecuários foram de R$ 190 milhões, queda de 37%. Ao todo, foram aprovados 241 contratos, 10% a menos que os 268 registrados anteriormente.
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