Economia

Preço de imóveis em uma mesma rua de BH pode variar até 150%

Segundo especialista, é possível adquirir um imóvel numa mesma rua por um preço menor se deslocando por apenas alguns metros
Preço de imóveis em uma mesma rua de BH pode variar até 150%
Imóveis das principais vias da Capital foram incluídos na análise | Crédito: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

Um levantamento da Loft, startup brasileira de compra e venda de apartamentos, aponta que, em uma mesma rua ou avenida, imóveis em Belo Horizonte podem ter uma variação de até 150% no preço. O estudo é uma forma de mostrar ao mercado imobiliário que a posição de um imóvel em uma mesma via pode fazer diferença no custo final.

Para se chegar aos dados, a equipe de estudos analisou informações, dentre outros, de imóveis da avenida do Contorno, na capital mineira. Um imóvel com as mesmas características próximo da rua Carangola, no bairro Santo Antônio, é 148% mais caro do que perto da rua Paracatu.

Outro endereço que também consta na pesquisa é a rua da Bahia, no Hipercentro de Belo Horizonte. O preço de um imóvel nesta via tende a ser 147% mais alto se estiver perto da rua Fernandes Tourinho, na Savassi, na região Centro-Sul. Por outro lado, o valor despenca na situação de um imóvel semelhante próximo à rua dos Tupinambás, no Hipercentro.

No caso de um imóvel na rua Paraíba, também na Savassi, o preço é 23% menor que outro imóvel similar próximo à rua dos Inconfidentes. A mesma variação se mantém também para um imóvel na mesma via, porém, próximo à avenida Cristóvão Colombo.

Segurança e acessibilidade interferem no preço

De acordo com os estudos, fatores como a conservação do entorno, segurança, oferta de serviços, barulho, acesso e a vista são pontos levados em consideração.

“Numa distância menor que 1 quilômetro, o valor do metro quadrado pode ser duas vezes maior. Os dados também mostram que pode ser possível adquirir um imóvel numa região de seu interesse que, em um primeiro momento, parecia acima do seu orçamento apenas se deslocando um pouco”, observa o economista e gerente de dados da Loft, Rodger Campos.

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