Economia

Inflação pode ter forte desaceleração em BH com política da Petrobras

Segundo a Ipead, novos preços do gás de cozinha, gasolina e óleo diesel na cidade dependem, no entanto, de repasses de distribuidoras
Inflação pode ter forte desaceleração em BH com política da Petrobras
Botijão de gás pode vir a ser negociado abaixo de R$ 100 | Crédito: Pedro Ventura/Agência Brasil

A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead) divulgou, nesta quarta-feira, um estudo feito para identificar os reflexos da nova composição de preços anunciada pela Petrobras na inflação de Belo Horizonte. A título de comparação, a análise mostra que se a alteração tivesse vindo em abril, poderia ter contribuído para um Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) na capital mineira 88,3% menor.

Com a decisão da estatal, o preço da gasolina sofrerá uma queda de 12,6% e o óleo diesel de 12,7% no município. Já o preço do gás de cozinha cairá em 21,4%. No entanto, segundo a pesquisa, o impacto real dos novos preços no dia a dia da população da Capital dependerá da magnitude dos repasses realizados por distribuidoras e agentes de comercialização.

De acordo com o levantamento, se a redução de preços tivesse sido integralmente repassada para os consumidores há quatro semanas, a inflação do período teria uma queda de 0,76 ponto percentual no IPCA e de 1,05 ponto percentual no IPCR. Este último parâmetro considera as famílias com renda de 1 a 5 salários mínimos. 

Variação de preços seria bem menor com ajuste em abril

Com isso, o Ipead avaliou que o impacto seria significativo, pois o IPCA de BH nas últimas quatro semanas, encerradas dia 15 de maio, apresentou variação de 0,86%.

Na prática, se a redução de preços tivesse ocorrido no referido período (últimas quatro semanas) e sido integralmente repassada para os consumidores, o aumento do IPCA teria sido de apenas 0,10%. Ou seja, 88,3% menor que o índice efetivamente apurado pelo Ipead. No caso do IPCR, ao invés de subir 1,90% nas últimas quatro semanas, teria subido 0,85%.

Neste cenário, o preço médio da gasolina comum em Belo Horizonte cairia dos atuais R$ 5,28 para R$ 4,61 e o do gás de cozinha cairia de R$ 121,70 para R$ 95,66. A redução seria a primeira aplicada desde julho de 2021, em que o preço médio do gás de cozinha ficaria abaixo de R$ 100 na capital mineira. 

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