Curiosidades sobre a nova economia

Thiago Caserta*
A nova economia representa uma oportunidade única para o Brasil enfrentar desafios sociais, econômicos e ambientais e promover um futuro mais sustentável e inclusivo. É importante que todos os atores envolvidos, desde startups e empresas estabelecidas até governos e a sociedade em geral, colaborem e trabalhem juntos para aproveitar ao máximo o potencial da nova economia e impulsionar a inovação e o progresso no nosso País.
Inevitavelmente, estamos todos inseridos na nova economia e ativamente experimentando as mudanças que ocorrem na economia global e em nossas próprias vidas, como consumidores, trabalhadores, empreendedores, investidores e cidadãos, e temos um papel a desempenhar na construção de uma economia mais sustentável e equilibrada. Descrever a nova economia em termos como descentralização, inovação e transformação digital é correto, mas comum. Trabalho há anos com transformação digital e afirmo que existem temas interessantes sobre a nova economia que talvez você não saiba.
A economia circular, por exemplo, tem uma influência direta na nova economia. Essa abordagem, que busca reduzir o desperdício e promover a reutilização e reciclagem de recursos, criando um ciclo sustentável de produção e consumo, fornece soluções sustentáveis e cria novas oportunidades de negócios, desempenhando um papel fundamental na transição para uma economia mais equilibrada, socialmente inclusiva e ambientalmente responsável. É impressionante o trabalho que vemos nesse sentido, principalmente dentro de comunidades.
O conteúdo continua após o "Você pode gostar".
Podemos, também, citar o grande impacto que moedas digitais e tecnologia blockchain tem na nova economia. Além do Bitcoin, existem diversas outras criptomoedas e aplicações de blockchain que estão transformando setores como logística, imobiliário e até mesmo a indústria musical, tendo um grande potencial para transformar o sistema financeiro e criar oportunidades na nova economia, promovendo maior eficiência, inclusão financeira e transparência em diferentes setores.
É importante citar que o trabalho remoto tem sido impulsionado pela nova economia, possibilitando que muitos profissionais, os chamados nômades digitais, trabalhem de forma remota e explorem o mundo enquanto mantêm seus empregos. Segundo dados recentes da Golden Gate Global, existem 35 milhões de nômades digitais no mundo e a previsão é que existam 1 bilhão até 2035 no mundo todo. No Brasil, inclusive, tivemos em janeiro de 2022 a aprovação de um visto exclusivo para nômades digitais, prática já adotada em outros países e que reforça a relevância do tema para a evolução da nova economia.
Com meu conhecimento e experiência em transformação digital e inovação, posso afirmar que a nova economia continuará a crescer no Brasil nos próximos anos, impulsionada pela rápida adoção de tecnologias digitais, o desenvolvimento de infraestruturas e a crescente demanda por soluções inovadoras e sustentáveis. A nova economia brasileira tem sido impulsionada por diversas inovações e novidades que estão transformando a forma como consumimos produtos e serviços.
Entre as principais tendências, destacam-se as fintechs e bancos digitais, que oferecem soluções mais acessíveis, eficientes e personalizadas para consumidores e empresas. Além disso, a economia compartilhada, representada por plataformas como Uber, Airbnb e iFood, tem mudado a forma como consumimos e promovido o uso mais eficiente de recursos. O Brasil também está investindo em tecnologias verdes e energias renováveis, como a energia solar, como forma de reduzir a dependência de combustíveis fósseis e combater as mudanças climáticas. Além disso, a aplicação de inteligência artificial (IA) e automação em diversos setores está otimizando processos e possibilitando a criação de novos produtos e serviços.
Todas essas mudanças, juntamente com a crescente demanda por soluções inovadoras e sustentáveis, trazem oportunidades e desafios para as startups que estão atuando na nova economia no Brasil. As empresas podem aproveitar parcerias com empresas estabelecidas, universidades e agências governamentais para impulsionar o crescimento e aprimorar suas ofertas e o governo brasileiro e organizações privadas têm lançado iniciativas e programas para apoiar o desenvolvimento de startups, como aceleradoras, incubadoras e fundos de investimento específicos para projetos inovadores.
A rápida evolução da nova economia significa que as startups precisam se manter atualizadas e inovadoras para se destacarem em um mercado competitivo, mas há iniciativas governamentais e privadas que apoiam projetos inovadores. A nova economia é, de fato, uma oportunidade para o crescimento do mercado nacional.
* Empreendedor e especialista em temas como nova economia e inovação
Ouça a rádio de Minas