Busca por crédito rural cresce 30% em Minas Gerais

Com o crescimento do agronegócio, a busca pelos recursos do crédito rural no Plano Safra 2022/23 segue em alta. Em Minas Gerais, de julho de 2022 a abril de 2023, foram desembolsados R$ 38,69 bilhões, valor 30% maior que o registrado em igual intervalo da safra passada. Com o montante acessado pelos produtores rurais, o Estado vem respondendo por 13% do volume de crédito liberado em nível nacional, que já soma R$ 293,9 bilhões e está 21% superior.
Os dados da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) mostram que foram 193.887 contratos aprovados para o Estado no período, um aumento de 4%.
A maior parte dos recursos já liberados para Minas, R$ 26,57 bilhões, foi demandada pela agricultura. O montante está 32% maior. A busca pelo crédito para a pecuária avançou 26% e encerrou os 10 primeiros meses da safra em R$ 12,12 bilhões.
Dentre as linhas disponíveis para o agronegócio, a mais procurada é a de custeio. Os financiamentos de custeio tiveram aplicação de R$ 23,32 bilhões e cresceram 51% no período.
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Para custear a agricultura, os desembolsos ficaram 56% maiores, chegando a R$ 14,6 bilhões. Foram aprovados 51.456 contratos, 22% maior.
Para a pecuária, os recursos do crédito rural para custeio já somam R$ 8,71 bilhões. O montante supera em 42% o valor liberado nos primeiros 10 meses da safra passada. Ao todo, houve um aumento de 16% na aprovação dos contratos, 45.552.
Entre as principais atividades da agricultura e pecuária, a maior demanda pelos recursos de custeio, em abril, aconteceu em bovinos, com R$ 529,06 milhões liberados para a atividade. Em seguida veio da produção de soja, com desembolso de R$ 200,36 milhões, o café, com R$ 133,02 milhões, milho, R$ 40,03 milhões, alho, com R$ 37,29 milhões, suínos, R$ 35,59 milhões, e aves, com um total de R$ 12,25 milhões demandados.
Crescimento também foi registrado nas contratações da linha de investimentos, que totalizaram R$ 8,61 bilhões em Minas Gerais, gerando um aumento de 5% na demanda pelos recursos. Para as operações, foram aprovados 93.904 contratos, número 8% menor.
Entre os setores, a agricultura se destaca. Ao todo foram 5,81 bilhões liberados para investimentos no setor, 10% maior. Já para pecuária, cujos recursos atingiram R$ 2,8 bilhões, foi verificada retração de 3% na busca pela linha de investimento.
Assim como nas linhas de custeio e de investimentos, os produtores rurais de Minas Gerais demandaram, ao longo dos primeiros 10 meses do ano safra, mais recursos da linha de comercialização. No intervalo, foram desembolsados R$ 4,95 bilhões, variação positiva de 5%.
A alta é resultado da demanda maior vinda da agricultura. O setor já demandou R$ 4,76 milhões da linha de comercialização, aumento de 9%. O número de contratos ficou 41% maior e somou 2.493 unidades aprovadas.
Já os recursos voltados para a comercialização dos produtos pecuários foram de R$ 190 milhões, valor 43% inferior. A aprovação de contratos caiu 13%, encerrando o período com 265 operações liberadas.
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