Não é pra você!

Marciele Procópio Delduque*

Quem aqui nunca recebeu um “não” que te levou para outra galáxia e, na sequência, foi arremessado de volta pra Terra atire a primeira pedra.

O “não” pode ser um elemento construtivo quando se trata de empreendedorismo e desenvolvimento pessoal. Embora seja natural desejar um caminho livre de obstáculos, a verdade é que o “não” faz parte da jornada empreendedora e pode trazer benefícios significativos.

Ainda que muitas vezes aprendemos isso na marra.

Cada “não” recebido pode ser uma oportunidade de aprendizado. Ao enfrentar uma rejeição pavimentada em um preconceito ou uma resposta negativa, é possível refletir sobre as razões por trás dela e identificar áreas de melhoria. O feedback negativo pode fornecer informações valiosas para aprimorar um produto, serviço ou abordagem.

Temos aprendido, em terapias e diálogos em roda de conversas a lidar com o “não”, mas fazer dele um propulsor inclusive para ajudar a desenvolver a nossa resiliência emocional. Você já prestou atenção nisso?

Empreender requer enfrentar muitos desafios e adversidades, e aprender a lidar com a rejeição é fundamental para seguir em frente, perseverar e manter a motivação mesmo diante das dificuldades.

O “não” pode ser um estímulo para a criatividade e inovação. Quando uma ideia ou proposta é rejeitada, isso pode impulsionar a busca por soluções alternativas, novas abordagens e melhorias. O desafio de contornar um obstáculo pode levar a descobertas inovadoras e diferenciação no mercado: se liga aqui poderosa!

Às vezes, um “não” pode indicar que é necessário mudar de direção. O famoso recalcular a rota. Pode ser um sinal para reavaliar estratégias, ajustar o plano de negócios ou explorar outras oportunidades. O “não” pode direcionar o empreendedor para novos caminhos e perspectivas que poderiam não ter sido considerados inicialmente.

Enfrentar o “não” repetidamente e continuar persistindo pode fortalecer a determinação e a motivação do empreendedor. A superação das adversidades e a conquista de metas, mesmo após receber várias respostas negativas, podem aumentar a confiança e a convicção no próprio potencial.

Em resumo, o “não” pode ser um fator construtivo ao empreender, proporcionando aprendizado, resiliência, estímulo à criatividade, redirecionamento e determinação. Ao encarar as negativas como oportunidades de crescimento e melhorias, nós empreendedores podemos transformar os obstáculos em degraus rumo ao sucesso.

*Fundadora da Rede Marianas Mulheres que Inspiram. Entrou para a Cufa em 2013, tornando-se presidente estadual da Cufa Minas no ano seguinte.

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