Casa Fundamental planeja expansão para São Paulo

Inaugurada em 2018, a Casa Fundamental, no bairro Castelo (região da Pampulha), escola que abriga alunos do ensino básico (dos dois aos 14 anos), aposta no conceito de microescola e já se prepara para levar sua metodologia para outras cidades por meio de licenciamento da marca, criando um selo “by Casa Fundamental”.
As negociações com os primeiros interessados no estado de São Paulo e também em Belo Horizonte já estão adiantadas e a expectativa, segundo a diretora de inovação da Casa Fundamental, Maria Carolina Mariano, é a de que os alunos sejam beneficiados pela novidade já no primeiro semestre de 2024.
“Temos planos de expansão na lógica de transferir o conhecimento. A mentalidade e processos educacionais podem ser levados para outras escolas, por isso o selo. Buscamos parceiros com perfil educador como o nosso e que acredite nos mesmos valores”, explica Maria Carolina Mariano.
O conceito de microescola não tem a ver, necessariamente, com o tamanho, mas sim com ensino inovador, que propõe um aprendizado colaborativo e criativo. A metodologia está fundamentada em uma abordagem que combina melhores práticas das escolas tradicionais com métodos progressistas de aprendizagem. O objetivo é desenvolver habilidades socioemocionais e de autonomia, a personalização do ensino, a aprendizagem colaborativa, além da ressignificação do papel do professor.
“O mundo enfrenta uma crise do formato tradicional de escola. Ele não consegue desenvolver habilidades e competências para o século 21. Mesmo antes da pandemia, vínhamos com a perspectiva, então conseguimos fazer uma virada rápida para o trabalho remoto com as crianças. Tínhamos recursos para isso, mas não foi sem sofrimento. A aprendizagem é um processo que depende das relações. Educar é técnico, o professor é fundamental. O trabalho com os anos iniciais é muito difícil. A gente não consegue fazer isso em casa. Um dos aprendizados da pandemia é a complexidade do trabalho da escola”, destaca.
Para garantir um aprendizado que contemple o currículo obrigatório e também se dedique às novas competências e habilidades, respeitando a autonomia e características e necessidades específicas dos alunos, a escola se limita a ter apenas uma turma por série e investe fortemente na formação continuada de professores.
“Escolhemos ser uma escola pequena, com uma turma de cada série. Temos uma perspectiva de individualização no contexto da coletividade. Assim conseguimos fazer esse olhar individualizado. Aqui todos os profissionais têm que conhecer todo mundo pelo nome. Hoje as microescolas são uma tendência de negócio e de perspectiva educacional. A escola tem a cara da comunidade. As famílias que escolheram estar com a gente concordam em co-construir conosco”, completa a diretora de inovação da Casa Fundamental.
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