PIB do Brasil cresce 1,9% no primeiro trimestre

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil teve crescimento de 1,9% no primeiro trimestre de 2023 em relação aos três meses anteriores, em resultado melhor do que o esperado que mostra recuperação em relação ao final de 2022, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira.
O resultado dos primeiros três meses deste ano mostrou retomada da atividade em relação à queda de 0,1% registrada no quarto trimestre de 2022, em dado revisado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de uma contração de 0,2% informada antes.
A expectativa em pesquisa da Reuters era de expansão de 1,3% no primeiro trimestre de 2023 sobre os três meses anteriores.
Em relação ao primeiro trimestre de 2022, o PIB apresentou avanço de 4,0%, contra expectativa de 3,0% nessa base de comparação.
Setores
O crescimento na comparação com o trimestre anterior foi puxado pela agropecuária, que teve alta de 21,6%. Segundo o IBGE, o resultado é explicado principalmente pelo aumento da produção da soja, principal lavoura de grãos do país, que concentra 70% de sua safra no primeiro trimestre e deve fechar este ano com recorde.
Os serviços, principal setor da economia brasileira, também teve crescimento no período (0,6%), com destaque para o desempenho das atividades de transportes e de atividades financeiras (ambos com alta de 1,2%).
A indústria, por sua vez, teve variação negativa de 0,1% no período, o que, segundo o IBGE, representa estabilidade. Bens de capital (máquinas e equipamentos usados no setor produtivo) e bens intermediários (insumos industrializados usados no setor produtivo) apresentaram queda, enquanto a atividade de eletricidade e água, gás, esgoto, atividades de gestão de resíduos subiu 6,4%.
Sob a ótica da demanda, o crescimento foi sustentado pelo consumo das famílias, com alta de 0,2%, e pelo consumo do governo, com crescimento de 0,3%. A formação bruta de capital fixo, isto é, os investimentos, caiu 3,4% no período.
No setor externo, as exportações de bens e serviços caíram 0,4%. As importações, por sua vez, recuaram 7,1%, contribuindo positivamente para o PIB. (Com informações da Agência Brasil)
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