Festival reúne o setor em Ouro Preto

A terceira edição do Festival Internacional de Turismo e Cultura de Ouro Preto (Festur) teve como tema “Turismo criativo, turismo inteligente”. O evento, realizado na antiga Vila Rica (região Central), entre os dias 1º e 3 de junho, reuniu além da cadeia produtiva do setor, estudantes, jornalistas, acadêmicos e proporcionou diferentes experiências como cozinhas shows e apresentações artísticas, como o tradicional Zé Pereira. O espaço, no Centro de Convenções da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), contou também com uma feira de apresentação de destinos e produtos turísticos.

De acordo com a idealizadora do Festur 2023, Cássia Neves, a proposta do evento é fomentar negócios investindo em espaços segmentados específicos para nichos no turismo, cultura, sustentabilidade e inovação, estimulando um relacionamento qualificado, conteúdos diferenciados, roteiros exponenciais e produtos genuínos, com foco principal na geração de experiências peculiares em cada destino mineiro.

“O nosso objetivo é criar meios de entender o que o Estado está fazendo em termos de produção de produtos e serviços dentro da cadeia produtiva do turismo. Trazer para esse espaço a experiência da nossa e de outras regiões. Minas Gerais é muito rica, com produtos fantásticos. Buscamos conhecer o que cada região desenvolve, compreender como as pessoas estão utilizando a criatividade para produzir turismo”, explicou Cássia Neves.

Experiências exitosas como “A implementação do turismo de base comunitária em Ouro Preto”, “Diferencial competitivo de Extrema – desenvolvimento, economia das indústrias e como isso afeta o turismo” e “Nova Lima entre trilhas” foram compartilhados.

No painel “A importância da imprensa para o fomento e a divulgação dos destinos turísticos: tendências, mídia especializada, promoção do turismo”, o presidente da Empresa Mineira de Comunicação (EMC), Gustavo Mendicino, destacou a importância das plataformas da EMC na construção de uma política pública de promoção e divulgação de Minas Gerais como destino dentro e fora do Estado.

“Para a EMC, é necessário estarmos no Festival Internacional de Turismo de Ouro Preto. A Rede Minas está num processo de interiorização muito latente, buscando cobrir o máximo de cidades mineiras, da diversidade de Minas Gerais. Estamos aqui para nos reunir com a cadeia produtiva do turismo para divulgar as potencialidades do Estado. Essa é uma função da Rede Minas, da Rádio Inconfidência e das plataformas digitais da EMC”, afirmou Mendicino.

O prefeito de Ouro Preto, Ângelo Oswaldo (PV), comemorou o crescimento do Festival e do momento vivido pela cidade histórica. “Estamos vivendo um momento muito positivo do turismo em Minas Gerais, e em Ouro Preto os números nos animam cada vez mais. Acabamos de receber o grupo português Vila Galé, uma bandeira internacional para a hotelaria em Minas Gerais. Essa presença do Vila Galé, que vai ocupar o antigo Quartel da Tropa Paga e Colégio Dom Bosco, em Cachoeira do Campo, nos coloca nos circuitos internacionais e incrementa ainda mais o turismo na Região dos Inconfidentes, no Circuito das Cidades Históricas e no nosso Estado”, pontuou Ângelo Oswaldo.

Mineiridade

Presente na abertura do evento, o subsecretário de Estado de Turismo de Minas Gerais, Sérgio de Paula e Silva Júnior, destacou a mineiridade como o grande valor que dá autenticidade e personalidade à variada oferta de produtos turísticos e destinos do Estado.

“Esse é um momento muito importante para o setor no Estado e aqui é um espaço para divulgarmos Minas, que já é o segundo destino do Brasil, e fazer negócios. Minas Gerais está de braços abertos para receber a todos, temos todos os segmentos turísticos. A grande essência do mineiro é a nossa hospitalidade. Somos um povo que recebe a todos. Temos prazer em receber. Mineiridade é querer fazer o melhor para todos. É a experiência de estar em Minas, um lugar seguro e diverso”, avaliou Silva Júnior.

A regionalização do turismo como política pública de organização e valorização do turismo nacional também foi pauta do encontro. A diretora-executiva da Associação do Circuito do Ouro (ACO), Márcia Martins, destacou a necessidade de equilibrar a promoção dos diferentes municípios integrantes de um mesmo circuito.

“Uma das linhas estratégicas do Circuito do Ouro é qualificar os profissionais que atuam nas prefeituras e também influenciadores que trabalham na região para que eles possam levar uma informação de qualidade sobre o que fazer em nossos municípios. Então, temos uma linha estratégica de promoção em âmbito regional. Nunca promovemos um município de maneira individual. Desde 2016, a gente trabalha a estratégia de roteirização, em que evidenciamos as nossas 16 cidades por meio de quatro roteiros, para facilitar para as agências conseguirem comercializar os roteiros e para que o público autoguiado também consiga aproveitar os nossos atrativos”, completou Márcia Martins.