Agronegócio

Agronegócio vai ganhar reforço de R$ 7,6 bilhões em créditos rurais

Agronegócio vai ganhar reforço de R$ 7,6 bilhões em créditos rurais
Mapa anunciou ontem complemento de R$ 3,6 bilhões para Plano Safra 2022/23, em vigor | Crédito: Amanda Perobelli/Reuters

O governo está prestes a lançar o Novo Plano Safra 2023/2024, focado na Agricultura de Baixo Carbono.  O agronegócio ganhou reforço e vai contar com cerca de R$ 7,6 bilhões em crédito rural e financiamento dolarizado para os próximos dias. O anúncio foi feito durante a abertura da Bahia Farm Show, ontem, em Luis Eduardo Magalhães (BA).

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anunciou o complemento de R$ 3,6 bilhões para o Plano Safra 2022/2023, que está em vigor. Disponibilizados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), os recursos para a Safrinha ofertam crédito rural para todos os programas agropecuários do governo federal, permitindo investimentos em custeio, inovação, maquinário e comercialização e estarão à disposição dos produtores rurais que participam da feira em busca de novos investimentos e suas produções.

“Estamos vivendo uma fase de muito incentivo. A retomada de programas de investimentos com toda a força e determinação do presidente Lula”, comentou o ministro lembrando que, em fevereiro, foram liberados R$ 2,9 bilhões para reforço do Plano Safra.

A linha de financiamento em dólar para crédito rural, desenvolvida pela parceria entre Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e BNDES, conta com R$ 4 bilhões no BNDES Crédito Rural que, a partir de agora, também poderão ser utilizados para financiamento de construção e ampliação de armazéns, irrigação, formação e recuperação de pastagens, geração e distribuição de energias de fontes renováveis e regularização ambiental da propriedade.

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O financiamento conta com taxa de juros fixas de até 8,06% ao ano mais a variação do dólar e prazo de 120 meses, com até 24 de carência. O ministro ainda destacou que o Novo Plano Safra, ancorado na agricultura de baixo carbono, será robusto, com recursos de apoio à comercialização e competitividade.

Extra para gripe aviária

O governo federal anunciou crédito extraordinário de R$ 200 milhões ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para combater a gripe aviária no País. O crédito será feito por meio da Medida Provisória Nº 1.177, publicada no “Diário Oficial da União” de ontem e assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.

Segundo o ministério, as ações de controle e contenção da doença serão intensificadas após a confirmação de casos de influenza aviária em aves silvestres em quatro estados. Na segunda-feira (5), foi confirmado um caso em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. No total, são 24 casos registrados no País.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirma que o combate à influenza aviária “é uma questão que merece a atenção de todos, pois o avanço da doença poderia impactar diversos setores do País”. A medida do presidente Lula, diz o ministro, complementa o trabalho dos ministérios da Saúde e do Meio Ambiente e Mudança do Clima, do Ibama, da Defesa Civil e de órgãos estaduais.

Entre as ações de controle e combate à influenza aviária o ministério destaca a necessidade de rápida identificação, testagem e cuidados sanitários dos casos suspeitos. “Para isso, as equipes técnicas poderão contar com reforço para as ações pontuais in loco”, diz, em nota.

O governo federal afirma que o Brasil continua livre de influenza aviária na criação comercial e mantém seu status de livre de influenza aviária perante a Organização Mundial de Saúde Animal, exportando seus produtos para consumo de forma segura.

No dia 22 de maio, o governo decretou estado de emergência zoossanitária em todo o Brasil, após os casos de infecção pelo vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1). O estado de emergência deve vigorar pelo prazo de 180 dias, podendo ser prorrogado. (Ana Paula Branco/Folhapress, com informações do Mapa)

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