Obra mergulha nas leis que regem o mercado

Os quatro ensaios presentes em “A lógica da economia” são uma espécie de manual de sobrevivência no Brasil, país onde a loucura econômica tem passado glorioso e futuro promissor. Embora tenham sido publicados há mais de 150 anos, nesta parte do mundo as ideias que eles refutam impiedosamente ainda são tão perniciosas quanto populares.

O selo Avis Rara lança este mês um dos clássicos de Frédéric Bastiat, “A lógica da economia”. Este volume traz quatro ensaios do autor do clássico “A Lei” que contestam várias falácias econômicas ainda em circulação no Brasil.

Retirando a economia do campo das abstrações mirabolantes, fórmulas matemáticas e conceitos mágicos, Bastiat a devolve ao concretismo da vida diária que todos padecemos. Ele expõe seus argumentos com exemplos extraídos da vida cotidiana e os termos mais simples possíveis, de modo que só não compreenderá suas lições sobre as consequências invisíveis da imprudência econômica, o verdadeiro papel do Estado, a diferença entre dinheiro e riqueza, a natureza do capital e a justiça dos juros quem não quiser.

Com sua didática cristalina e acessível, Bastiat mostra quais são os efeitos invisíveis, não intencionais, de medidas econômicas aparentemente benéficas; analisa a natureza e o papel do Estado; explica a diferença entre riqueza e dinheiro e porque a ideia de imprimir mais dinheiro só gera inflação e recessão; esclarece qual é a natureza do capital e dos juros e porque estes são justos.

Depois de ler “A lógica da economia”, o leitor saberá de antemão qual será a consequência de cada nova medida econômica anunciada pelo governo – e poderá preparar-se com prudência para o desastre. Então o debate econômico nacional lhe parecerá uma discussão de lunáticos que ainda levam a sério ideias desacreditadas há mais um século.