1° Prêmio Tilden Santiago foi entregue na Capital

O 1° Prêmio Tilden Santiago de Ecologia e Política foi entregue aos autores selecionados no dia 6 de junho, no Centro de Arte Popular em Belo Horizonte. O Prêmio é uma realização do Selo Editorial Starling e o evento tem o apoio do governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo.
“Promover a cidadania e a ecologia como forças luminares da humanidade e da sustentabilidade”, este é o foco do Instituto Ekopolis, movimento nascido em 2019, em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte, idealizado pelo homenageado desta edição de estreia, que junto com o Instituto, dá nome ao Prêmio, o saudoso jornalista, professor, sacerdote itinerante, deputado federal e embaixador, Tilden Santiago.
O Prêmio, que contou com a apresentação “Caminho da Água – Nascente e Foz” da cantora Cristine Lima e participação da pianista Kelly Toz, celebra ainda três marcos balizares da sustentabilidade: os 50 anos da Conferência de Estocolmo, realizada na Suécia; os 35 anos do Relatório Brundtland (Our Common Future), na Noruega; e os 30 anos da Eco-92, realizada em 1992, no Brasil.
O Prêmio enaltece os autores vencedores e convidados nas respectivas categorias e ordem de classificação: Poesia: 1º – Jacirema da Cunha Tahim; 2º – Sammis Reachers; 3º – Nelson Silva; 4º – Cristine Lima; 5º – Helder Clério; 6º – Alberto Arecchi; 7º – Keilla Kalli; 8º – Michele Cavalcante; 9º – Fernando Antônio Belino; e 10º – Carla Fernanda de Araújo. Menções honrosas para: Francielli Manini; Lúcia Maria Paulino Santos; Luciano Izidoro de Borba; Luzia Lima Moreira e Matheus Presotto. Categoria Prosa: 1º – Alberto Arecchi; 2º – Darci Alda Barros; 3º – Vana Miletto; 4º – Joema Carvalho; 5º – Nemilson Vieira de Morais; e 6º – Diogo Tadeu Silveira. Menção honrosa para: Amauri Martins. Por fim, na categoria Jornalismo Ambiental: 1º – Keli Vasconcelos; 2º – Marlene Gil e 3º – Pedro Paz. Como autores convidados: Cícero Christófaro e Fátima Sampaio.
Sobre o homenageado
Tilden José Santiago nasceu em Nova Era, em 13 de julho de 1940 e faleceu em Belo Horizonte, em 2 de fevereiro de 2022. “Sacerdorte itinerante”, que transitou do conservador seminário de Mariana aos estudos na Universidade Gregoriana em Roma, nos tempos do Vaticano II. Encontrou-se com Paul Gauthier e Marie Thérèse, que o fez trocar o Colégio Pio Brasileiro em Roma, pela Fraternidade dos companheiros de Jesus Carpinteiro em Nazaré, na Palestina.
Ordenou-se padre em 1967, abandonando o sacerdócio na década de 70. Formado em Filosofia e Jornalismo, ingressou na Ação Libertadora Nacional (ALN) depois do golpe militar de 1964. Foi um dos fundadores da Central Única dos Trabalhadores (CUT), do Partido dos Trabalhadores (PT), e presidiu o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG).
Trabalhou no governo Itamar Franco como secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Foi deputado federal por três mandatos consecutivos. Em 2002 foi o terceiro colocado na eleição para Senador em Minas Gerais, amealhando 3.301.171 votos, o equivalente a 20,57% do total.
Em 2003, aprovado em sabatina no Senado Federal, exerceu o cargo de embaixador do Brasil em Havana-Cuba, durante o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2008, filiou-se ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) onde permaneceu até 2019. Suas últimas filiações partidárias foram PSOL (2020-2021) e Cidadania (2021-2022).
De 2019 em diante, se dedicou à criação do Instituto Ekopolis – Ecologia e Política, que se mantém vivo e operante, também a partir deste prêmio/homenagem, e eventuais desdobramentos.
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