Economia

Vendas de materiais de construção no Sudeste têm alta de 21%

Apesar de avanço nos negócios, setor afirma que momento ainda é de incertezas com altas taxas de desemprego, juros e endividamento
Vendas de materiais de construção no Sudeste têm alta de 21%
Crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil

O comércio de materiais de construção na região Sudeste do Brasil teve aumento de 21% em maio deste ano. O resultado é uma comparação das vendas do varejo frente ao mesmo período de 2022. A informação consta na edição de maio do Termômetro Anamaco, que mede a percepção dos varejistas sobre o momento econômico.

De acordo com os dados apurados pelo mesmo levantamento, o Sudeste também registrou uma percepção otimista das vendas, que tiveram resultado 34% superior aos dados do mês de abril.

Quanto ao cenário nacional, a avaliação do varejo de materiais de construção relativa às vendas correntes em maio também apresentou dados positivos. Em um cenário comparativo das vendas nacionais do setor em maio frente ao mesmo mês em 2022, houve alta de 26%. Já na relação do movimento de vendas de maio deste ano com o mês anterior, os varejistas obtiveram alta de 35%.

Ainda de acordo com a Anamaco, as expectativas de crescimento das vendas para os próximos três meses deste ano compreendem assinalações que saem de 55% para 64% no comparativo de maio com o mesmo período do ano passado.

Crescimento não é garantia de cenário otimista

O presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), Geraldo Defalco, explica que, apesar dos dados e expectativas do setor apontarem crescimento, não há uma tendência que confirme esse movimento.

“Não se pode afirmar, no entanto, que o setor esteja vivendo uma onda de crescimento. Na verdade, existem muitas incertezas no cenário macroeconômico. O cenário ainda vive uma alta taxa de desemprego, assim como alta taxa de juros e um endividamento da população”, pontua.

Defalco ainda salienta que mesmo tendo esses fatores como influenciadores de uma incerteza, por outro lado, as expectativas com relação ao PIB vêm melhorando. “Essa melhora pode gerar mudanças positivas no padrão de consumo dos consumidores nos próximos meses”, diz. “Vamos manter o otimismo, a esperança e trabalhar para que isso ocorra”.

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