Economia

Taylor Swift: o empreendedorismo por trás da música

Nada de bom começa num carro de fuga, mas a cantora conseguiu escrever várias músicas desde os tempos de picapes do country até hoje
Taylor Swift: o empreendedorismo por trás da música
Taylor Swift no Met Stadium | Crédito: Matt Swensen

Após 11 anos da sua primeira e única visita ao Brasil, Taylor Swift traz em 2023 sua turnê The Eras Tour com cinco shows. Dois deles anunciados em um segundo momento devido à grande procura por ingressos no País. Mas como a loirinha, ainda com jeito de menina, faz tanto sucesso aqui, mesmo tendo ficado anos fora da mídia e desde 2012 pensado em fazer apenas um show no País? Além disso, como a cantora que começou no country estourou pelo mundo no gênero pop?  

Adrenalina dos fãs à parte, Taylor vai muito além da música. Atriz, diretora, roteirista…o que não faltam são talentos para a norte-americana, que mostra também através da carreira o seu lado empreendedora.

Não seria errado dizer que a cantora ficou mais conhecida no País devido à sua participação na trilha sonora da telenovela Avenida Brasil, em parceria com Paula Fernandes na música Long Live. As duas cantoras, quase “gêmeas de música” na época, fizeram uma dobradinha à distância. Taylor veio ao Brasil para um único show no Rio de Janeiro e para divulgar a música em alguns programas da televisão com Paula, como o da Eliana, da Xuxa e da Ana Maria Braga. 

O começo no pop

A loira havia acabado de lançar seu terceiro álbum, intitulado Red, um início para a entrada no universo pop, já que sua carreira havia começado no country – estilo musical que ainda tem muito apreço e respeito pela cantora em museus da história do gênero. 

Oito anos depois, Taylor voltaria ao Brasil para o LoverFest, a sexta turnê da cantora para a divulgação do seu álbum Lover, no Allianz Parque. Devido à pandemia, porém, o show foi cancelado. 

Agora, em 2023, e com 10 álbuns lançados, Taylor fará três shows em São Paulo e dois no Rio de Janeiro. Mais de três milhões de pessoas procuram os ingressos para novembro.

Taylor Swift no Met Stadium | Crédito: Matt Swensen

Look what you made Taylor do

Entretanto, a jornada de Taylor não foi apenas flores. A cantora, no início de sua carreira, assinou com a gravadora Big Machine Records, que foi comprada pelo empresário Scooter Braun em 2019. Junto com a gravadora, porém, o gerente de talentos também adquiriu o domínio dos seis primeiros álbuns de estúdio da cantora. O fato gerou um grande inconveniente para a loira. 

Por meio de vários posts em redes sociais, Swift deixou claro que estava tentando comprar o domínio de seus álbuns de volta, mas o produtor não permitia. Além disso, o próprio ainda lançou músicas da cantora sem o seu consentimento, como a Live from Clear Channel Stripped 2008, álbum ao vivo de uma performance de um programa de rádio de 2008.

Taylor decidiu então regravar seus álbuns. Em abril de 2021, lançou o Fearless (Taylor’s Version), que foi o primeiro álbum regravado a atingir o topo da Billboard 200. A regravação do single “Love Story” de 2008 fez Taylor a segunda artista, depois de Dolly Parton, a ter sua obra original e a regravação na primeira colocação do Hot Country Songs.

Taylor’s Version

Com a regravação do álbum Red, de 2012, em 2021 Taylor foi para trás das câmeras e dirigiu seu mini-filme da música “All Too Well (10 Minute Version) (Taylor’s Version) (From The Vault)”. Sadie Sink (Stranger Things) e Dylan O’Brien (Maze Runner) figuraram como atores principais. 

A canção regravada atingiu o topo do Hot 100 da Billboard. Tornou-se assim a primeira música de duração mais longa da história a atingir o topo da parada. 

Além disso, a titã do pop também fez parcerias com algumas de suas amizades, como Blake Lively – a atriz e esposa de Ryan Reynolds, o Deadpool – no clipe de “I Bet You Think About Me (Taylor’s Version) (From The Vault)”, onde a atriz estreou como diretora. A amizade das duas loiras é tão forte que a cantora homenageou o casal colocando os nomes de seus filhos em algumas das canções do álbum Folklore.

Taylor Swift no Met Stadium | Crédito: Matt Swensen

The Eras Tour

A turnê atual é a maior da carreira de Taylor. Reunindo músicas de todos os seus dez álbuns, cada show dura 3 horas e 13 minutos, com cerca de 44 músicas cada. 

Cada apresentação conta com um toque especial da loirinha, sendo efeitos especiais com luzes, fumaça e o telão ou dançarinos, roupas específicas para cada era e canções à capela. 

Segundo o site norte-americano Pollstar, com apenas as 52 datas iniciais da turnê – feitas na América do Norte -, a cantora deve ter faturado cerca de US$ 728 milhões, o que equivale a R$ 2,7 bilhões.

Já de acordo com dados da revista Forbes, a The Eras Tour pode ser a turnê mais lucrativa da história, podendo gerar US$ 1,5 bilhão em ingressos vendidos. Sem contar os itens de mercadoria da turnê como ecobags, posters, camisetas, entre outros. 

Atualmente, o recorde de turnê, finalizada, mais lucrativa está com Ed Sheeran, que lucrou US$ 776 milhões com 255 apresentações em dois anos e meio. Entretanto, Taylor só fez 20% das apresentações em comparação com o ruivo e já está quase alcançando o valor total dele. 

De Taylor para Dear Reader

Mesmo em turnê, a cantora não para! Ela anunciou que a música Cruel Summer, do álbum Lover de 2019, irá se oficializar como single antes do final de junho. Isso fará a música retornar organicamente para os charts da Billboard

Além disso, a loirinha do pop ainda lançou algumas músicas do seu último álbum, Midnights, remixadas e com algumas participações especiais, como Lana Del Rey. E já tem data para o próximo álbum regravado. No dia 7 de julho, com seis músicas inéditas, os fãs receberão o Speak Now Taylor’s Version.

*Estagiária sob supervisão da edição.

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