Preços na Ceasa Minas recuam 5,8%

A redução das chuvas aliada às temperaturas mais amenas estão contribuindo para a produção de hortaliças e frutas em Minas Gerais. Com a maior oferta, os preços
na Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa Minas), unidade Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), recuaram cerca de 5,8% em maio se comparado a abril.
De acordo com o chefe da Seção de Informações de Mercado da Ceasa Minas, Ricardo Fernandes Martins, a expectativa é que a oferta de produtos continue sendo favorecida, o que pode gerar novas quedas de preços na unidade ao longo desse mês.
“O clima mais favorável para a produção e o uso da irrigação em algumas culturas favorecem a produção. A tendência, desde que não ocorra um período de temperaturas muito baixas, é de oferta boa, o que pode fazer com que os preços passem por novas reduções também em junho. Além disso, é esperada uma melhor qualidade dos produtos”, explicou.
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Segundo Fernandes, em maio, o preço médio dos hortigranjeiros reduziu 5,8% frente a abril, com o quilo sendo negociado a R$ 3,74, ante os R$ 3,97.
A redução é consequência do aumento de 5,5% da oferta, que foi favorecida pela melhoria das condições climáticas nas regiões produtoras. Ao longo de maio, foram ofertadas 125,8 mil toneladas de hortigranjeiros na unidade.
No grupo das hortaliças – legumes e verduras – um dos mais importantes da unidade, a retração no preço médio foi de 6,5%, com o quilo sendo negociado a R$ 3,14 contra R$ 3,36 registrado em abril.
Os produtos que mais contribuíram foram cenoura, com redução de 26,8%, seguida pela couve-flor (26%), inhame (22,8%), chuchu (20,7%), abóbora moranga (17,3%) e repolho (4%).
No mesmo período, produtos importantes como o tomate, por exemplo, tiveram os preços alavancados. No caso do tomate, a alta no preço médio ficou em 14,2%. Resultado dos dias mais frios, o que tornou a maturação mais lenta e reduziu a oferta do produto no entreposto.
Também foram registradas altas expressivas no valor médio do pepino (35,5%) e do quiabo (4,6%).
“Além da maturação mais lenta, maio é um mês de transição de safras do tomate, quando chega ao fim a safra de verão e se inicia a de inverno. Esta última, no entanto, ainda não decolou. Também temos produtos mais sensíveis ao frio, como o pepino e o quiabo. Neste período, a oferta acaba reduzindo, o que gera aumento dos preços”, apontou o representante da Ceasa Minas.
Queda também foi verificada nos preços das frutas. De acordo com os dados da Ceasa Minas, no grupo das frutas, a redução de preço médio em maio foi de 6,7% frente a abril. O preço médio praticado ficou em R$ 4,06 por quilo.
“A oferta de muitas frutas são favorecidas neste período, como o abacate, limão, laranja, tangerina, banana-prata”, disse.
No período, a queda nos preços foi influenciada, principalmente, pela baixa dos valores do mamão-formosa (39,2%), limão-tahiti (20,1%), mamão-havaí (19,3%), tangerina ponkan (15,7%), banana-prata (14,8%) e abacate (8,8%).
Entre as frutas que ficaram mais caras, os destaques foram melão (26,3%), maçã brasileira (7,7%) e melancia (2,1%).
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