Se dê a chance de recomeçar todos os dias

Todos os dias, ao abrirmos os olhos pela manhã, nos damos uma nova chance de vida. Você já parou para analisar o quão somos privilegiados por este presente? Quantas pessoas ao nosso redor sequer conseguiram tal façanha? Por isso, ao iniciar o dia, é sempre importante e prudente agradecer a Deus pelo dom da vida. E claro, não é por acaso que estamos vivos. Precisamos, constantemente, fazer a diferença para nós mesmos e também na vida das pessoas.
Ao longo do dia, vivenciamos diversos momentos de adversidades, dificuldades e conquistas. É uma mescla de vivências, relacionamentos com pessoas de diversos perfis e sentimentos variados. E isso tudo vai nos moldando como seres humanos. Vale lembrar que, diante de mudanças, a adaptação e a flexibilidade são atitudes necessárias, especialmente para aqueles que desejam ter êxito profissional. E digo mais: isso não é só importante para a sua carreira, mas também para seu lado pessoal. Recomeçar faz parte da vida – do nascimento à terceira idade – e contribui muito para nosso amadurecimento.
Projetos que dão errado, sonhos que são adiados, pessoas queridas que morrem e aquele último abraço que não pode ser dado. Promoções na empresa que não ocorreram ou frustrações que vieram diante de determinadas situações. Relacionamentos que passaram em nossas vidas ou aqueles amigos que não foram tão amigos como esperávamos. Assim é a vida: uma roda em constante movimento, até que ela para de girar. E enquanto nos é dado o dom da vida, é necessário, além de ser grato, exercitar a empatia e a sensibilidade com o outro, bem como agir em prol da construção de empresas, sociedade e lares melhores.
Somos seres integrais, ou seja, não há como dissociar vida profissional e pessoal. E é importante relembrar que, antes de sermos bons profissionais, é preciso ser um bom ser humano. É exatamente assim que construímos o tão falado legado. Por isso, encare os recomeços com um olhar positivo. Como sabiamente disse a escritora Cecília Meireles, uma das maiores vozes da literatura brasileira: “Hoje desaprendo o que tinha aprendido até ontem e que amanhã recomeçarei a aprender”.
E nessa construção diária é preciso lembrar que o falar é de prata, o silêncio é de ouro. Apesar de muitos acreditarem que essa é uma frase retirada da Bíblia, que inclusive muito nos ensina, é o ditado popular que pode ser sabiamente empregado dentro das organizações ou na sua vida pessoal. Por quantos apuros já passamos pelo que falamos pela boca, não é mesmo? Pois é, são aqueles momentos em que a gente se pergunta: por que eu fui falar aquilo? Segurar a ânsia de falar pode ser bem difícil, mas é preciso se policiar sempre, pois isso pode afetar o seu maior patrimônio, ou seja, a sua credibilidade. Durante o dia, lidamos com os mais variados públicos, por isso, controle emocional e sabedoria são muito importantes, para podermos transitar em meio à tanta diversidade de pessoas, com personalidades, propósitos e culturas diferentes dos nossos.
Na Bíblia, em Efésios 4:29, nos é aconselhado que “não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação”. Trazendo para o contexto corporativo, o versículo é exatamente o que as empresas, cada vez mais, buscam nas lideranças. Gestão humanizada e respeitosa já não é mais um diferencial para ser um bom líder; é atitude básica para aqueles que desejam êxito em suas carreiras. Vale lembrar que não são apenas os líderes que precisam ter essa preocupação, mas você que me lê, independentemente da posição hierárquica que ocupa no seu trabalho.
O mercado tem valorizado profissionais propositivos, pois eles usualmente promovem a tão falada inovação. Mas prudência também é de vital importância, afinal, é preciso saber não apenas a hora de se posicionar e expor seu ponto de vista, como também saber como falar. Se vivenciamos arenas de diversidade dentro das empresas, isso pode se tornar um verdadeiro palco para conflitos, que quando bem gerenciado, traz resultados fabulosos para a organização e para as pessoas.
O silêncio muitas vezes mostra sabedoria. Como sabiamente disse o ativista norte-americano Martin Luther King: “No final, não nos lembraremos das palavras dos nossos inimigos, mas do silêncio dos nossos amigos”.
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